Previsões para a indústria de TICs em 2008 (parte1)

publicado em 14.01.2008

 

Um Super 2008 para todos!


A Creativante retoma suas letterícias neste seu segundo ano de existência. E, para brindar os leitores, vamos apontar algumas previsões para a indústria brasileira de tecnologias de informação e comunicação- TICs neste ano de 2008.

 

 

Próxima Edição:

 

Previsões para a indústria de TICs em 2008 (parte2)

publicada em 21.01.2008

...este novo caminho se chama o Mercado de Capitais. E dentro deste há um mecanismo que consideramos seja adequado às novas...

 

 

Edição anterior:

 

BOVESPA MAIS e o desenvolvimento estratégico do segmento de... (Final)

publicada em 17.12.2007

...este novo caminho se chama o Mercado de Capitais. E dentro deste há um mecanismo que consideramos seja adequado às novas...

 

Observamos desde os últimos dias de 2007 que ainda são poucas as previsões para 2008 das instituições ligadas à indústria de TICs, talvez pelo fato de que a economia americana está dando sinais confusos sobre o que irá acontecer com ela daqui para frente (e como a indústria de TICs americana é a maior do mundo, as projeções para esta indústria estão contaminadas pela economia dos EUA como um todo.
De qualquer forma, aqui vão as previsões para TICs em 2008:

  • A indústria de TICs no Brasil está convivendo com um período de profunda transformação recente da economia brasileira. Nossa economia está deixando de ser "guiada pelos mãos do Estado"  (tradição que se observou marcadamente a partir da II Guerra Mundial) e está tendo que se adaptar aos ditames de uma economia que se internacionalizou muito, principalmente durante o governo do Presidente Fernando Henrique Cardoso, e que se rege (como diz Alan Greenspan em seu livro recente) pelas "livres forças do mercado global". Ademais, estamos começando a conviver com um efetivo capitalismo, onde a maior parte do seu financiamento provém do mercado de capitais, já que este ultrapassou (em giro de recursos) o montante daquele que o Estado destina para financiamento de atividades econômicas. Neste sentido, a indústria brasileira de TICs terá que se acostumar com uma nova cultura de fazer negócios, já que o Mercado de Capitais passa a ser o locus das negociações mais relevantes e sinalizará as tendências futuras. Palavras de ordem daqui para frente serão, fusões, aquisições, private equity, IPO, governança corporativa, BOVESPA, acionistas, dividendos, enfim, um novo vocabulário que terá que ser digerido pelos players do setor. Isto não quer dizer que se prescinda de coisas já estabelecidas, como os mecanismos tradicionais governamentais de financiamento, tais como os instrumentos do CNPq, da FINEP, do BNDES, além de tantos outros. Mas estes instrumentos se voltarão mais marcadamente para as start ups, e micro e pequenas empresas;

  • Suplementando a previsão anterior, 2008 será o ano em que ficará mais visível a limitação da capacidade do Estado em liderar o processo de desenvolvimento desta indústria, em uma economia em processo de crescimento de mais de 4,0% ao ano. Para que se tenha uma idéia do quanto esta fonte está se tornando cada vez mais frágil em responder aos desafios de crescimento do setor (apesar dos esforços das atuais equipes dirigentes), basta que se observe os números do Ministério da Ciência e Tecnologia-MCT, um ministério sempre lembrado por aqueles que lidam com TICs no país.
    Segundo dados do MCT, nos últimos 06 (seis) anos caiu o investimento público em C&T (como proporção do PIB brasileiro), de 0,73% no ano 2000 para 0,68% em 2006, e aumentou o investimento privado de 0,48% do PIB (em 2000) para 0,68% (em 2006), como pode ser visto na Tabela 1 a seguir.

Brasil: Investimentos nacionais em ciência e tecnologia (C&T), 2000-2006

Ano

PIB (em milhões de R$ correntes)

Investimentos em C&T (em milhões de R$ correntes)

% em relação ao total

% em relação ao PIB

Públicos

Empresariais

Total

Públicos

Empresa-riais

Públicos

Empresa-
riais

Total

Federais

Estaduais

Total

Estatais

Privados

Total

2000

1.179.482,0

5.795,4

2.855,8

8.651,3

1.183,2

4.515,9

5.699,1

14.350,4

60,29

39,71

0,73

0,48

1,22

2001

1.302.136,0

6.266,0

3.287,1

9.553,1

1.650,8

5.018,7

6.669,5

16.222,6

58,89

41,11

0,73

0,51

1,25

2002

1.477.822,0

6.522,1

3.473,3

9.995,4

2.593,1

5.548,3

8.141,4

18.136,8

55,11

44,89

0,68

0,55

1,23

2003

1.699.948,0

7.392,5

3.705,7

11.098,2

2.960,3

6.094,5

9.054,8

20.153,1

55,07

44,93

0,65

0,53

1,19

2004

1.941.498,0

8.688,2

3.895,5

12.583,7

3.510,2

6.600,1

10.110,4

22.694,1

55,45

44,55

0,65

0,52

1,17

2005

2.147.944,0

9.570,1

3.981,5

13.551,6

3.463,0

10.216,6

13.679,6

27.231,2

49,76

50,24

0,63

0,64

1,27

2006

2.322.818,0

11.476,6

4.248,6

15.725,1

3.487,1

12.285,4

15.772,4

31.497,6

49,92

50,08

0,68

0,68

1,36

Fonte(s): PIB: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE;
Dispêndios federais: Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi). Extração especial realizada pelo Serviço Federal de Processamento de Dados - Serpro;
Dispêndios estaduais: Balanços Gerais dos Estados;
Dispêndios empresariais: Pesquisa de Inovação Tecnológica - 2000, 2003 e 2005 - Pintec/IBGE e levantamento realizado pelas empresas estatais federais.

Elaboração: Coordenação-Geral de Indicadores - ASCAV/SEXEC - Ministério da Ciência e Tecnologia.

Em termos do investimento público em P&D, este caiu de 0,55% do PIB em 2000 para 0,48% em 2005, enquanto o investimento privado subiu de 0,39% do PIB para 0,49% (ver Tabela 2 abaixo).

 

Brasil: Investimentos nacionais em pesquisa e desenvolvimento (P&D), por setores, em relação ao total de P&D e ao produto interno bruto (PIB) , 2000/2005

Setores

Valor em milhões de R$ correntes

% em relação ao total de P&D

% em relação ao PIB

2000

2003

2005

2000

2003

2005

2000

2003

2005

Total

11.071,9

15.043,3

20.810,7

100,00

100,00

100,00

0,94

0,88

0,97

Dispêndios públicos

6.495,4

8.826,0

10.325,4

58,66

58,67

49,62

0,55

0,52

0,48

Dispêndios federais

4.007,7

5.802,4

7.085,2

36,20

38,57

34,05

0,34

0,34

0,33

Orçamento

2.484,3

3.643,2

4.469,0

22,44

24,22

21,47

0,21

0,21

0,21

Pós-graduação

1.523,4

2.159,3

2.616,1

13,76

14,35

12,57

0,13

0,13

0,12

Dispêndios estaduais

2.487,7

3.023,6

3.240,2

22,47

20,10

15,57

0,21

0,18

0,15

Orçamento

941,8

925,2

1.320,8

8,51

6,15

6,35

0,08

0,05

0,06

Pós-graduação

1.545,9

2.098,4

1.919,4

13,96

13,95

9,22

0,13

0,12

0,09

Dispêndios empresariais

4.576,6

6.217,3

10.485,4

41,34

41,33

50,38

0,39

0,37

0,49

Empresas privadas e estatais

4.372,3

5.773,5

9.803,0

39,49

38,38

47,11

0,37

0,34

0,46

Outras empresas estatais federais

60,7

122,8

268,7

0,55

0,82

1,29

0,01

0,01

0,01

Pós-graduação

143,6

321,0

413,6

1,30

2,13

1,29

0,01

0,02

0,02

Fonte(s): PIB: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE;
Dispêndios federais: Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi). Extração especial realizada pelo Serviço Federal de Processamento de Dados - Serpro;
Dispêndios empresariais: Pesquisa Industrial de Inovação Tecnológica - 2000, 2003 e 2005- Pintec/IBGE e levantamento realizado pelas empresas estatais federais;
Elaboração: Coordenação-Geral de Indicadores - ASCAV/SEXEC - Ministério da Ciência e Tecnologia.

 

Semana que vem retomaremos as previsões a indústria de TICs para 2008.


Se sua empresa, organização ou instituição ainda não definiu sua estratégia de crescimento, fique a vontade para nos contatar!

 

 

CREATIVANTE - www.creativante.com.br
Av. Barbosa Lima, Nº149, Sala 313-A, Bairro do Recife, Recife/PE, CEP 50.030-017
Telefone/Fax: 55-81-32242887
E-mail: creativante@creativante.com.br

 

 

 

Copyright©2007-2008 Creativante

Todos os direitos reservados.