Serviços: oportunidade batendo à porta! (parte 2) publicado em 09.06.2008
Na letterícia da semana passada, começamos a apontar algumas evidências que sugerem estar havendo mundialmente uma maior atenção ao setor de serviços tanto para a produção interna como para novas oportunidades de exportação. Nosso primeiro exemplo foi dos EUA, e, de modo particular, o do Federal Reserve Bank of Dallas 2007 Annual Report (que você pode baixar aqui!).
Coletando evidências sobre a Europa, chegamos a três publicações bastante interessantes. A primeira se intitula “Sectoral Explanations of Employment in |
Próxima edição:
Serviços: oportunidade batendo à porta! (parte 3) publicada em 16.06.2008 ... o primeiro artigo toma como referência a China. Segundo seus autores, por conta do tamanho da economia da China e de seu impacto no comércio mundial, o nível e o alto crescimento do PIB chinês têm sido objeto de grande interesse em todo o mundo nos anos recentes...
Edição anterior:
Serviços: oportunidade batendo à porta! publicada em 02.06.2008 ... Para demonstrar como esta ênfase do presente Governo Federal pouco converge com o que vem ocorrendo no mundo desenvolvido, procuraremos a partir de hoje apontar algumas evidências que sugerem uma maior atenção ao setor de serviços tanto para a produção interna como para novas oportunidades de...
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Europe: The Role of Services” (Explicações Setoriais para o Emprego na Europa: O Papel do Setor de Serviços), que é um artigo de trabalho publicado em maio de 2005 pelo Banco Central da Europa, e foi desenvolvido por Antonello D´Agostino, Roberta Serafini e Melanie Ward-Warmedinger (se tiver interesse, pode baixá-lo aqui). Este trabalho investiga os determinantes da participação do emprego no setor de serviços nos 15 países da União Européia (EU-15), para o setor de serviços no agregado, para quatro sub-setores e para doze segmentos dos serviços.
Como eles apontam em seu resumo, recentemente ambos Europa e EUA experimentaram um aumento na participação de empregos relacionados ao setor de serviços no emprego total. Apesar de estarem convergindo em todos os países europeus, persiste um significativo hiato na participação dos empregos dos serviços na Europa relativamente aos EUA. Entender os principais fatores por trás deste hiato é uma questão chave para alcançar maiores níveis de emprego na Europa.
O texto focaliza no papel das barreiras nos EU-15 que podem ter inibido a habilidade de absorver oferta de trabalho, e, portanto, inibido a possibilidade de se ajustar eficientemente à realocação setorial de trabalho. Os autores detectaram o papel crucial neste processo que tem desempenhado a estrutura institucional em afetar a flexibilidade no mercado de trabalho, e pelo descasamento entre as habilidades dos trabalhadores e as vagas de trabalho.
O segundo trabalho se intitula “Research in the Services Sector” (Pesquisa no Setor de Serviços) (que pode ser baixado aqui), que é o relatório final de um estudo feito por Walter Ganz, do Fraunhofer Institut, instituto de pesquisas do governo federal da Alemanha, em julho de 2005. O argumento principal deste trabalho é o de que do ponto de vista estatístico a Alemanha já pode ser considerada uma economia baseada em serviços, já que a participação dos serviços no valor total agregado à economia já atingiu cerca de 70%. No entanto, isto não significa que as suas instituições estejam preparadas para esta mudança (ou seja, da perda de importância do paradigma industrial para o dos serviços), e marcadamente, no que diz respeito aos Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) orientados aos serviços. O terceiro e último trabalho se intitula “Structural Transformation and The Deterioration of European Labor Market Outcomes” (Transformação Estrutural e a Deterioração dos Resultados do Mercado de Trabalho Europeu), escrito por Richard Rogerson, do Department of Economics da Arizona State University, EUA, para o National Bureau of Economic Research-NBER, dos EUA, em fevereiro de 2007 (que pode ser baixado aqui).
Este autor examina a evolução das horas trabalhadas na França, Alemanha, Itália e EUA de 1956 até 2003, e avalia o papel dos impostos e da tecnologia para as suas diferenças. O trabalho chegou aos seguintes resultados. Primeiro, as horas trabalhadas na Europa declinaram em torno de 45%, quando comparadas às dos EUA no mesmo período. Esta mudança é quase uma ordem de magnitude maior que os efeitos associados com o aumento no desemprego neste período. Segundo, o declínio ocorreu a um passo firme de 1956 até meados dos anos 90, em contraste com o fato que o relativo aumento em desemprego ocorreu em meados dos anos 70. Terceiro, o declínio nas horas trabalhadas na Europa é quase inteiramente responsabilizado pelo fato que a Europa desenvolveu um setor de serviços muito menor do que aquele dos EUA. Ao desenvolver um modelo explicativo, o autor identificou que os aumentos nos impostos e o hiato tecnológico representaram a maior parte das diferenças entre a alocação de tempo dos europeus e dos americanos no período.
Em resumo, pelos três trabalhos aqui indicados se percebe que os países da Europa estão experimentando uma transição para uma economia baseada nos serviços, mas que ela guarda fortes diferenças com aquela que está sendo desenvolvida nos EUA.
Se sua empresa, organização, ou instituição deseja saber mais sobre a Economia dos Serviços, fique a vontade para nos contatar!
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