Serviços: oportunidade batendo à porta! (parte 3) publicado em 16.06.2008
Nas duas últimas letterícias estivemos apontando evidências que sugerem estar havendo mundialmente uma maior atenção ao setor de serviços tanto para a produção interna como para novas oportunidades de exportação. Nosso primeiro exemplo foi dos EUA, seguido da Europa. Hoje vamos tratar da Ásia.
E para tanto, trazemos ao nosso leitor duas referências de peso do Asian Development Bank-ADB (Banco de Desenvolvimento da Ásia). A primeira é o artigo intitulado “Measurement of Services Sector Statistics in the People’s Republic of China: How can They be Improved? (Medida das Estatísticas do Setor de Serviços na República Popular da China: Como elas podem ser melhoradas”) (que você |
Próxima edição:
Qual é o perfil de consumo dos brasileiros? publicada em 23.06.2008
.Manchete
de um dos principais jornais econômicos do país no início deste ano:
"Demanda doméstica faz PIB crescer 5,4%". O jornal Valor Econômico
noticiou este assunto da seguinte maneira no dia 13 de março de 2008:
Edição anterior:
Serviços: oportunidade batendo à porta! (parte 2) publicada em 09.06.2008 ... recentemente ambos Europa e EUA experimentaram um aumento na participação de empregos relacionados ao setor de serviços no emprego total. Apesar de estarem convergindo em todos os países europeus, persiste um significativo hiato na participação dos empregos dos serviços na Europa relativamente aos EUA. Entender os principais...
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pode baixar aqui), produzido por Bishnu Dev Pant e Derek Blades,e publicado em novembro de 2007 pelo Departamento de Economia e Pesquisa do ADB. E a segunda é o artigo “Sectoral Engines of Growth in Developing Asia: Stylized Facts and Implications (Engenhos Setoriais de Crescimento no Desenvolvimento da Ásia: Fatos estilizados e implicações”), de Jesus Felipe, Miguel León-Ledesma, Matteo Lanzafame, e Gemma Estrada, publicado no mesmo local e data da referência anterior (você pode acessá-lo aqui).
O primeiro artigo toma como referência a China. Segundo seus autores, por conta do tamanho da economia da China e de seu impacto no comércio mundial, o nível e o alto crescimento do PIB chinês têm sido objeto de grande interesse em todo o mundo nos anos recentes. As estimativas do PIB da China têm sido crescentemente escrutinizadas e um número de questões vêm sendo levantadas sobre a fidedignidade de ambas taxas de crescimento e as estimativas oficiais do PIB.
Independentemente das críticas, os autores ressaltam que a agência de estatísticas da China tem trabalhado fortemente para melhorar suas estimativas ao longo dos anos. O setor de serviços apresenta uma particular causa de preocupações por causa do hiato de estatísticas regulares e confiáveis, em função do fato de que as estatísticas oficiais do valor adicionado terem sido sub-estimadas no passado. E isto ficou evidente logo em seguida à publicação dos resultados do Censo Econômico de 2004 (National Bureau of Statistics 2006), e das conseqüentes grandes revisões para as estimativas do valor adicionado nos serviços e para o PIB.
A figura à frente mostra a contribuição do setor terciário para o PIB na China e 10 outros países entre 1992 e 2004. As conclusões que se pode extrair da figura são que, em primeiro lugar, o valor adicionado nos serviços tem crescido mais rápido na China do que o valor adicionado em outros setores. Em segundo lugar, este crescimento relativamente maior é provável de continuar à medida que a economia da China continue a crescer e se assemelhar mais às economias dos países da OECD (Organization for Economic Cooperation and Development). Logo, uma medida acurada do tamanho e crescimento do setor terciário deve ser dada alta prioridade pelos contadores da China.
O segundo artigo oferece uma análise da experiência do crescimento da Ásia do ponto de vista de sua transformação estrutural durante as três últimas décadas. Segundo seus autores, a característica mais saliente desta transformação tem sido a significativa diminuição da participação da agricultura e o paralelo crescimento na participação dos serviços. A análise dos autores usa a estrutura de Kaldor (em referência ao economista húngaro Nicholas Kaldor, que popularizou a noção de “setores engenho-de-crescimento”, “economias de escala”, e “mudanças setoriais” numa simples e informativa maneira, que reconhece que alguns setores podem desempenhar um papel mais importante em puxar o resto da economia, e em gerar ganhos de produtividade através de ganhos de escala) para discutir se a indústria desempenha um papel de engenho de crescimento em desenvolver a Ásia.
Os resultados empíricos do trabalho mostram em primeiro lugar, que ambos indústria e serviços desempenham tal papel; em segundo lugar, há evidência de progresso endógeno com crescimento induzido por progresso tecnológico. Da mesma forma, o enfoque do hiato tecnológico suporta a visão de que transbordamentos tecnológicos têm incrementado o crescimento na Ásia.
Se sua empresa, organização, ou instituição deseja saber mais sobre a Economia dos Serviços, fique a vontade para nos contatar!
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