O Problema do Design da Empresa: Definir a Estratégia e a Organização (parte 2)

publicado em 22.09.2008

 

Na lettericia passada iniciamos uma discussão sobre a questão do design (projeto) da empresa, e citamos o livro “The Modern Firm: Organizational Design for Performance and Growth”, produzido pelo Prof. John Roberts, da Escola de Graduação em Negócios da Universidade de Stanford, EUA, e editado pela Oxford University Press, em 2004 (este livro foi traduzido para o português no Brasil com o título “Teoria das Organizações”, pela editora Campus, em 2005). 

 

Para o Prof. Roberts a obtenção de um grande desempenho em um negócio resulta do estabelecimento e da manutenção de um equilíbrio entre três elementos: a estratégia da empresa, sua estrutura organizacional e o ambiente em que ela opera.   Partindo inicialmente de uma visão simplificada (baseada em Alfred Chandler, historiador econômico dos EUA, de que a “estrutura segue a estratégia”)  do  que  uma  empresa  é  e  do  que  ela  faz,  ele  aponta os  principais pontos de estruturação de uma empresa.

Próxima edição:

 

O Agile Manifesto (Manifesto Ágil) e a Empresa

publicada em 29.09.2008

Em fevereiro de 2001, dezessete programadores de software se reuniram num resort de ski, em Utah, EUA, para relaxar e trocar idéias.  O que emergiu deste encontro foi o Agile Software Development Manifesto.
Representantes das comunidades de Extreme Programming, SCRUM, DSDM, Adaptative Software Development, Crystal, Feature-Driven Development, Pragmatic Programming, e outros simpatizantes da necessidade de uma...

 

Edição anterior:

 

O Problema do Design da Empresa: Definir a Estratégia e a Organização

publicada em 16.09.2008

Como podemos definir o que é a empresa nos dias atuais? Desde quando a Teoria da Firma (ou Teoria da Empresa) começou a conquistar contornos mais fortemente delimitados, marcadamente a partir dos trabalhos do economista britânico Ronald Coase (Prêmio Nobel de Economia de 1991), e particularmente em 1937, momento em que se passou a discutir mais sobre: a) a sua existência (por que as empresas surgem?, e por que nem todas as transações na economia são mediadas pelo...

 

O ponto inicial é a observação de uma oportunidade de negócios – uma necessidade não atendida e uma ineficiência de mercado.  Em seguida, vem uma estratégia para explorar essa oportunidade – uma especificação do modo como a empresa irá criar um valor e mantê-lo.  O próximo elemento principal é uma declaração de escopo, uma especificação do ramo de negócio da empresa, quais produtos e serviços ela oferece, os clientes e os segmentos de mercado a que ela atende, as atividades que realiza, sua área de atuação e a tecnologia que utiliza.  Um terceiro elemento fundamental de uma estratégia é uma especificação da natureza da vantagem competitiva da empresa, uma indicação de como a oferta da empresa fará com que terceiros negociem com ela em condições que lhe permitam concretizar suas metas.  O componente final de uma estratégia é uma explicação do motivo pelo qual a vantagem competitiva reivindicada será, na verdade, concretizada.

 

Apesar do Prof. Roberts estender e aprofundar esta visão ao longo do livro, seu recado inicial é o de que se nós aplicarmos uma perspectiva de design (projeto ou estruturação), o trabalho do encarregado geral da empresa será montar uma estratégia – objetivo, escopo, vantagem competitiva e lógica – criar uma organização – de pessoal, arquitetura, rotinas e cultura - com base no ambiente destinado a maximizar o desempenho.  A longo-prazo, o designer (ou arquiteto organizacional) também tentará dar forma ao ambiente.  O modelo geral é ilustrado na Figura à frente. 

 

No que diz respeito à organização, o Prof. Roberts entende que ela é a maneira pela qual as atividades devem ser realizadas e a estratégia deve ser implementada. Para tanto, ele faz uso do acrônimo PARC (People, Architecture, Routines and Culture).  Ou seja, para ele a organização é um conjunto de pessoas e uma disposição de recursos organizacionais.  Dentre os recursos estão os recursos arquiteturais, que incluem elementos que fazem parte do organograma: os limites verticais e horizontais da empresa, as tarefas e funções em departamentos e unidades de negócios e setores, os relacionamentos de autoridade, as finanças, propriedade e estrutura de controle. As rotinas incluem as diretivas, procedimentos e processos gerenciais, oficiais e não-oficiais, que delineiam o modo como as informações são coletadas e transmitidas, as decisões são tomadas, os recursos são alocados, o desempenho é monitorado e as atividades são controladas e recompensadas. A cultura abrange os principais valores compartilhados pelas pessoas na empresa, bem como suas convicções compartilhadas sobre o porquê de a empresa existir, sobre o que elas estão fazendo em grupo e individualmente e com que finalidade.

 

Em síntese, e para os limites desta letterícia, o que pretendemos apontar é que para o Prof. Roberts, o problema do design da empresa (organização ou instituição) é o de selecionar a estratégia e a organização para atingir o desempenho máximo no contexto em que ela atua.

 

Se sua empresa, organização ou instituição deseja saber mais sobre a questão do seu design, fique a vontade para nos contatar!

 

 

 

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