Plataforma de Gestão de Inovação da Creativante (parte 3) publicado em 08.12.2008
Nas duas letterícias anteriores, fizemos uma breve discussão sobre ferramentas de gestão da inovação, introduzindo uma internacional, denominada TEMAGUIDE, e outra nacional, intitulada Metodologia NUGIN. Hoje temos a grata satisfação de apresentar a ferramenta intitulada Plataforma GIC- Gestão de Inovação da Creativante.
A GIC tem como origem a experiência, de mais de dez anos, de ensino, pesquisa e gestão em ciência, tecnologia e inovação do Prof. José Carlos Cavalcanti, bem como a percepção, pela Creativante, de um contexto no Brasil, e no mundo, crescentemente favorável ao fomento da inovação no ambiente econômico, no entanto, de carência tanto de ferramentas e processos para a gestão da inovação, bem como de capacitação para esta gestão.
E foi empreendendo um benchmarking de ferramentas existentes que a Creativante desenvolveu (e vem aperfeiçoando) a Plataforma GIC, apresentada de forma |
Próxima edição:
Plataforma de Gestão de Inovação da Creativante (parte 4) publicada em 15.12.2008
Nas três
letterícias anteriores, fizemos uma breve discussão sobre ferramentas de
gestão da inovação, apresentando uma internacional, denominada TEMAGUIDE,
e outra nacional, intitulada Metodologia NUGIN, bem como tivemos a grata
satisfação de apresentar a plataforma GIC- Gestão de Inovação da
Creativante.
Edição anterior:
Plataforma de Gestão de Inovação da Creativante (parte 2) publicada em 01.12.2008 Na letterícia da semana passada iniciamos uma breve discussão sobre de ferramentas de gestão da inovação, introduzindo uma internacional, denominada TEMAGUIDE. Antes de fazermos a apresentação formal da ferramenta da Creativante (intitulada GIC, o que acontecerá na próxima semana), vamos comentar hoje sobre uma ferramenta nacional que foi desenvolvida recentemente e que vem ganhando visibilidade em função de suas características e origem...
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descritiva na Figura 1 à frente, que tem como objetivo prover uma ferramenta para que empresas, organizações e instituições possam compreender as diversas dimensões do processo de inovação e possam, elas próprias, tomar as decisões estratégicas que melhor se adéqüem aos seus interesses.
A metodologia GIC se baseia nos seguintes pressupostos:
a) Inovação é um processo de percepção e de geração de oportunidades. Ela é fruto de uma cultura (empresarial, organizacional, ou institucional) voltada para o novo, o diferente, o inusitado. Ela pode ser um processo sistemático ou assistemático, a depender do contexto do ambiente em que ela se expressa;
b) Inovação é um processo de resposta a incentivos, principalmente econômicos. No passado se acreditava que a inovação devia declinar com a competição, à medida que mais competição reduzia as rendas de monopólio que premiavam os inovadores de sucesso. Hoje se percebe que os incentivos à inovação dependem não somente das inovações a posteriori per se, mas muito mais das diferenças entre rendas pós e pré-inovações. Logo, a competição pode estimular inovações e crescimento, já que pode reduzir as rendas pré-inovação das empresas bem mais do que reduzir suas rendas pós-inovação. Em outras palavras, a competição pode aumentar os lucros incrementais de inovar, e, portanto, encorajar investimento voltado a “escapar da competição”;
c) Inovação não guarda correlação com tamanho da organização para implementá-la. Ela pode se processar tanto na grande, quanto na média, na pequena, ou na micro empresa, seja ela uma startup, ou um spin-off de um processo gerador, ou mesmo de processos de transferência de uma tecnologia;
d) Inovação é um processo multidisciplinar. Para que ela aconteça é necessário fazer convergir conhecimentos, competências e culturas distintos, aglutinando-os, de forma contínua e interativa, ao processo de desenvolvimento;
e) Inovação, para ter sucesso, tem que aliar a racionalidade técnica, que é voltada ao êxito do processo inovador, à racionalidade comunicativa, que é voltada ao entendimento das partes envolvidas no mesmo processo.
A implementação da metodologia GIC inicia com o entendimento do que denominamos por design problem, ou seja, do problema de selecionar (ou desenhar) a estratégia, e, em seguida, a organização que atinja o maior desempenho no contexto do ambiente em que a inovação se expressa. Tendo como ponto de partida a percepção de uma oportunidade de negócio, a estratégia é selecionada para explorar esta oportunidade. A partir daí a organização para a inovação deve ser estabelecida, especificando-se o KNOW WHAT (o que fazer), o KNOW HOW (como fazer) e o KNOW WHO (com quem fazer).
Além do estabelecimento, e posterior, gestão da estratégia e da organização, a metodologia GIC incorpora quatro outras importantes dimensões. Em função do verdadeiro bombardeio de informações em que vivemos nos dias atuais (conformando a “Era da Informação”), é fundamental para que qualquer processo de inovação tenha sucesso, que seja delineada uma competente gestão das várias tecnologias de informação e comunicação- TICs à nossa disposição. A gestão de TICs reflete uma concepção mais aprofundada da Creativante, e incorporada à metodologia GIC, sobre o que é o conceito de Estratégia de Informação. Estratégia de Informação é aqui entendida como uma composição da estratégia dos conteúdos de informação, com a estratégia dos sistemas de informação, e com a estratégia das tecnologias de informação e comunicação. Sendo assim, na metodologia GIC a gestão das TICs é a gestão da estratégia de informação aqui conceituada.
Como decorrência do avanço da Era da Informação, é possível observar a proliferação de diferentes formas de relacionamento, e de redes de relacionamento, manifestadas através de diferentes ferramentas, tais como blogs pessoais e corporativos, videologs, fotologs, wikis, grupos de discussão, widgets, dentre tantas outras. Sendo assim, e como estas diferentes formas de relacionamento têm aumentado a forma e a produtividade do trabalho, a metodologia GIC incorpora diferentes facetas das mais diversas ferramentas de redes de relacionamento que têm surgido nos últimos dez anos, e que hoje são essenciais a qualquer processo inovador, desde que cuidadosamente geridas.
O desenvolvimento de produtos e processos, ou, de outra forma, de serviços, compreende um amplo leque de aspectos, iniciando-se pela pesquisa de mercado, para daí ser desenvolvida a etapa de projeto de produto, processo ou serviço, até que se observe a obsolescência dos mesmos, numa dinâmica que no processo inovador pode ser denominada por destruição criativa, ou criação destrutiva, como nos ensinou o economista austríaco Joseph Schumpeter no início do século XX. Todo este ciclo exige uma competente gestão de modo a não comprometer os ganhos estabelecidos na estratégia inovadora.
Por último, temos a gestão de marketing. Para que se entenda a importância desta dimensão no processo de gestão da inovação, e na conseqüente venda de produtos inovadores, faz-se necessário entender que há uma diferença crucial entre a mídia atual (da Era da Informação) e a mídia da era anterior: ou seja, a diferença entre escassez e a abundância. No passado todos nós tínhamos escassez de acesso à informação; hoje nós temos exatamente o inverso, com uma profusão de informação, e de meios, jamais vista. Tal fenômeno tem levado à circunstâncias inusitadas, tais como o Paradoxo da Escolha, indicado pelo Prof. Barry Schwartz, segundo o qual a infinidade de opções de escolha que nos confrontamos nos dias de hoje é paralisadora e está exaurindo a psique humana (ver letterícia de 22/10/2007). Logo, num contexto de abundância de informações é necessário admitir a existência de uma Economia da Propaganda, e fundamentalmente, sobre a emergente propaganda online, já que os consumidores estão ficando cada vez mais informados sobre a existência, abrangência e qualidade dos produtos e serviços à sua disposição.
Todas as seis dimensões da metodologia GIC são cobertas por um aparato conceitual de defesa dos direitos de propriedade intelectual que são inerentes aos processos de invenção e inovação de produtos e processos e também de serviços, marcadamente quando entram em questão processos de transferência de tecnologia. Complementando este aparato, a metodologia GIC define também uma estrutura paralela de modelos de financiamento para diferentes processos de inovação, dependendo das características de cada inovador e da trajetória estratégica por ele estabelecida.
Nas próximas letterícias vamos dar mais detalhes sobre a metodologia da GIC, apontando seus principais instrumentos de análise e ferramentas internas. Vamos apontar como ferramentas de outras metodologias adaptadas e, de certa forma, incorporadas à GIC. Em particular, vamos apontar a ferramentas como a européia denominada IMP3prove, que foi desenvolvida em 2006 pela Comissão Européia na Europe INNOVA Initiative. Se sua empresa, organização ou instituição deseja se inteirar um pouco mais sobre gestão da inovação, sinta-se a vontade para nos contatar!
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