Crise financeira ofuscou enormes contribuições das TICs para a Economia (Parte 1)

publicado em 27.04.2009

 

Como o próprio título desta letterícia aponta, a eclosão da atual crise financeira internacional, que teve como epicentro o mercado imobiliário dos EUA, ofuscou (de maneira danosa) um conhecimento mais abrangente das surpreendentes contribuições recentes das TICs- Tecnologias de Informação e Comunicação para o crescimento econômico, e, principalmente, da própria economia americana.

 

Neste espírito, tomamos a liberdade de fazer aqui um breve relato do que foram estas principais conquistas, de modo que seja possível perceber como as TICs foram  (em  passado  recente)  e  podem  ser  uma  das  principais  ferramentas  para superação  desta  atual  fase  da  economia  mundial.  E  este breve relato começa da

Próxima edição:

 

Crise financeira ofuscou enormes contribuições das TICs para a Economia (Parte 2)

publicada em 04.05.2009

Na letterícia passada apontamos que houve uma acelerada queda nos preços dos semicondutores e computadores, bem como de declínios similares nos preços de software e equipamentos de comunicação ao longo da segunda metade do século 20...

 

Edição anterior:

 

Redes de Propaganda

publicada em 20.04.2009

Não é mais surpresa para ninguém afirmar que as novas plataformas digitais (desde a Web até os celulares) estão modificando profundamente a forma como aprendemos, como trabalhamos, e como entretemos.  O que é menos senso comum é a maneira como essas plataformas estão transformando indústrias tradicionais, como a mídia, e, de modo particular, a indústria da propaganda...

 

 

seguinte maneira.

 

Os rápidos declínios nos preços dos semicondutores e computadores, bem como os declínios similares nos preços de software e equipamentos de comunicação, levaram ao surgimento de novas capacidades (proporcionadas por novas tecnologias de informação- TI) e à adoção de forma ampliada de tecnologias de informação.

 

Estes investimentos melhoraram significativamente a produtividade dos EUA, elevando a trajetória do crescimento econômico, e conseqüente aceleração do desenvolvimento, daquela nação desde meados dos anos 1990, de acordo com o Relatório do National Research Council of the National Academies (Conselho Nacional de Pesquisa, das Academias Nacionais dos EUA), intitulado “Enhancing Productivity Growth in the Information Age” (Intensificando o Crescimento da Produtividade na Era da Informação), publicado em 2007.  Segundo este Relatório o ganho neste período foi robusto, tendo sobrevivido o estouro da bolha das empresas ponto.com, a curta recessão de 2001, e a tragédia de 11 de setembro.

 

A mudança estrutural mais associada com a chamada Nova Economia é hoje a transformação da Internet de um meio de comunicação para uma plataforma de entrega de serviços ([1]).  Isto levou a um crescimento considerável da economia dos serviços dos EUA, à medida que empresas como Google (empresa de serviços de busca global de informações) e Ebay (empresa de leilões globais online de produtos e serviços) crescentemente passaram a explorar serviços de informação através de novas maneiras.

 

Para explicar a importância das TICs para o crescimento recente da produtividade nos EUA, o Professor Dale W. Jorgensen, da Universidade de Harvard, e Coordenador do Relatório acima citado, recorreu à hoje conhecida Lei de Moore.  Em 1965 Gordon Moore ([2]), que era Diretor de Pesquisa da empresa Fairchild Semiconductor, fez uma observação futurista, mais tarde conhecida como a Lei de Moore.  Ele observou que cada novo artefato de circuito integrado produzido, continha, de modo grosseiro, duas vezes mais transistores que os anteriores, e que eles estavam sendo liberados num intervalo de 12 a 24 meses depois do seu antecessor.  Isto implicava um crescimento exponencial da capacidade dos chips de 25 a 50% por ano.  A Lei de Moore, formulada na infância da indústria dos semicondutores, traçou a capacidade dos chips ao longo de mais de 40 anos que se seguiram.

 

A economia das TICs (ou com as TICs) começou a ser constatada com a precipitada e contínua queda nos preços dos semicondutores.  Este rápido declínio de preços foi transmitido aos preços de um leque de produtos que dependem fortemente desta tecnologia, como computadores e equipamentos de telecomunicações (como mostram as Figuras 1 e 2, retiradas do Relatório acima citado).  A tecnologia ajudou também a reduzir os custos de aviões, automóveis, instrumentos científicos, e vários outros produtos.

 

 

Na segunda parte desta letterícia veremos quais foram os impactos das reduções destes preços na economia dos EUA.

 

Se sua empresa, organização ou instituição, deseja saber mais sobre impacto das TICs sobre a Economia, sinta-se a vontade para nos contatar!


 

[1]  Esta transformação é algumas vezes referida como a “Web 2.0”. Para uma descrição desta nova versão da Web, como é muitas vezes chamada a Internet, ver o artigo de Tim O´Reilly intitulado “What Is Web 2.0- Design Patterns and Business Models for the Next Generation of Software” (O que é a Web 2.0- Padrões de Projeto e Modelos de Negócios para a Próxima Geração de Software), de Setembro de 2005, e que pode ser lido na Internet no endereço http://www.oreillynet.com/pub/a/oreilly/tim/news/2005/09/30/what-is-web-20.html

[2]  Logo depois, Gordon Moore iria fundar a empresa Intel, uma das maiores fabricantes de semicondutores do mundo.

 

 

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