Respostas de Políticas para Crise Econômica: Investir em Inovação para Crescimento de Longo-Prazo (OECD) publicado em 13.07.2009
A OECD- Organização para Cooperação Econômica e Desenvolvimento acaba de lançar um relatório intitulado “Policy Responses for Economic Crisis: Investing in Innovation for Long-Term Growth” (junho, 2009, que pode ser baixado aqui), cuja tradução é o título desta letterícia. O recado do relatório é simples e objetivo, e serve sobremaneira para países não-membros como o Brasil.
A presente crise é a primeira desta severidade a atingir os países da OECD, desde que eles mudaram para economias de serviços baseadas em conhecimento, onde investimentos em ativos intangíveis são de igual importância aos investimentos e maquinário, equipamentos e construções. Esforços para estimular a economia |
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necessitam tanto de refletir os presentes motores do crescimento econômico, como de tirar vantagem do processo de “destruição criativa” para acelerar mudanças estruturais em direção a um mais forte e mais sustentável futuro econômico. Políticas de inovação precisam se adaptar às presentes condições ambas em termos de como tais políticas são colocadas para funcionar, mas também como elementos de pacotes de estímulos que podem freqüentemente ser o pilar para estas iniciativas de médio e longo prazos.
A OECD está desenvolvendo uma resposta estratégica para a crise focalizando em duas áreas prioritárias: finanças, competição e governança; e restauração do crescimento econômico. Como parte desta resposta estratégica, a sua Diretoria de Ciência, Tecnologia e Indústria analisou o provável impacto da queda nos motores do crescimento econômico de longo prazo e os itens relacionados com inovação nas políticas de respostas dos maiores países.
Este relatório representa os resultados deste exercício: o primeiro capítulo reporta a análise geral do impacto da crise e as respostas de políticas apropriadas, e o segundo capítulo revê as atuais respostas nacionais.
Sem a necessidade de replicar todo o relatório, reproduzimos abaixo os principais itens tratados em cada capítulo. No capítulo 1, intitulado “Estimulando Inovação para Crescimento Sustentável em Tempo de Crise Econômica”, os principais itens discutidos foram:
a) Inovação será uma das chaves para emergir da presente crise, mas ela corre o risco de ser atropelada pelo declínio econômico;
a.1) Investimentos em inovação estão caindo em muitas empresas; a.2) A crise está afetando empreendedorismo e o dinamismo dos negócios; a.3) Comércio internacional em queda está afetando as cadeias de valor globais, uma importante fonte de inovação; a.4) Capital Humano está sendo depreciado; a.5) Incentivos para desenvolver uma economia mais verde foram enfraquecidos;
b) Mas a crise também oferece oportunidade para estimular inovação para crescimento sustentável;
b.1) Experiências do passado demonstram as oportunidades de crises para reforçar a performance da inovação; b.2) Medidas de políticas anti-crise podem oferecer incentivos para inovar; b.3) Políticas podem diminuir os obstáculos para empreendedorismo e renovação industrial; b.4) Investimentos em uma recuperação em rede pode preservar TICs como um engenho-chave para crescimento; b.5) A crise também apresenta uma oportunidade para escalar investimentos em pessoas; b.6) A crise serve para dar prioridade ao “esverdeamento” da economia;
c) Olhando para frente, a Estratégia da OECD irá contribuir para maximizar os benefícios da inovação.
No capítulo 2, intitulado “Avaliando as Respostas de Políticas para a Crise Econômica a partir de uma Perspectiva da Inovação e do Crescimento de Longo-Prazo”, os principais itens que foram discutidos são:
d) Características amplas dos pacotes de estímulo econômico;
d.1) Tamanho dos pacotes econômicos de estímulo; d.2) Principais características e objetivos mais amplos;
e) Medidas relacionando inovação a crescimento de longo-prazo;
e.1) Investindo em infraestrutura; e.2) Investindo em ciência, P&D e inovação; e.3) Investindo em capital humano, educação, emprego e treinamento; e.4) Investindo em tecnologias verdes e eficiência energética; e.5) Ajudando empresas, pequenas e médias e promovendo empreendedorismo; e.6) Medidas não-financeiras;
f) Seleção de Projeto, coordenação, monitoramento e avaliação;
g) Conclusão
Uma reflexão que se pode fazer sobre a presente crise em nosso país é a seguinte: como o Brasil foi mais afetado do que em qualquer outro episódio de contágio, ao se observar os dados da produção industrial (ver gráfico à frente, retirado do artigo “A Crise Internacional e o Brasil”, de autoria dos Profs. Antonio Celso Pastore e Maria Cristina Pinotti, apresentados em maio do corrente ano no XXI Fórum Nacional), como esta queda está afetando os investimentos em inovação? E qual o impacto deste declínio nas perspectivas de crescimento de longo-prazo do país?
Se sua empresa, organização ou instituição deseja conhecer um pouco mais sobre o impacto da crise na inovação, fique a vontade para nos contar!
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