Modelos de Negócios de Longo Prazo: um mecanismo para aferir se sua empresa está preparada para a fase pós-crise financeira global publicado em 03.08.2009
Desde o final de 2007 o mundo vem enfrentando uma séria crise financeira, a qual se iniciou no mercado imobiliário dos Estados Unidos da América e se espalhou pelo mundo. Muito se tem escrito e comentado sobre o quê causou esta crise financeira, o quê a prolongou, e porque ela se intensificou tão dramaticamente um ano após ter iniciado!
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publicada em 10.08.2009 Em conversa recente sobre a dinâmica da indústria de desenvolvimento de software (e seus serviços) do Brasil, o editor desta letterícia vivenciou o seguinte depoimento: "nossas empresas de software, em suas estratégias de crescimento, no mais das vezes têm que aumentar seus custos (ao contratar...
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Pesquisa e Inovação no setor privado publicada em 27.07.2009 Há cerca de oito anos o editor desta newsletter publicava um artigo no jornal Gazeta Mercantil, intitulado "Pesquisa e Inovação no Setor Privado" (baixar aqui). Àquela época o artigo apontava para o paradoxo tecnológico brasileiro, em que "... o país detém uma capacitação científica expressiva, mas isto não transborda em um competitivo desempenho tecnológico"...
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sistema internacional de intermediação financeira; outros defenderam que foram ações governamentais que causaram, prolongaram e pioraram esta crise financeira.
Independentemente do que aconteceu, e ainda vem ocorrendo, um fato é incontestável: a vida continua, o pior da crise já passou, e novos tempos começam a despontar numa realidade econômica bastante diferente daquela que emergiu no final de 2007. Mas que nova realidade econômica é esta? Como está reagindo a economia real (em contraste com a economia monetária e financeira, cujo perfil está mudando intensamente)? E o que formar como expectativas para setores importantes para a economia real, como por exemplo, o das tecnologias de informação e comunicação- TICs?
Apesar de esta crise ter aumentado o volume de incertezas no ambiente econômico, no entanto, é possível aqui apontar alguns aspectos de regularidade dos mecanismos econômicos que podem nos ajudar na compreensão de como “navegar” neste território “por enquanto” muito incerto. Um primeiro mecanismo é o da percepção da distinção entre o curto e o longo prazo. Até recentemente os agentes econômicos davam muito mais atenção a como os negócios prosperavam ano após ano; esta era, também, a visão dos acionistas e das bolsas. Nesta perspectiva, as flutuações das principais variáveis econômicas, no curto, e até médio prazo, condicionaram as expectativas destes mesmos agentes econômicos, levando-os a oscilações em termos de confiança nos mercados, implicando em variações nos valor dos ativos (tangíveis e intangíveis) e na percepção das incertezas para os negócios, consumidores e governos. Quando se passa a observar a dinâmica do crescimento econômico de longo prazo, fica difícil pensar em qualquer outra coisa, como asseverou de forma brilhante Robert Lucas ([1]).
Um segundo mecanismo a assinalar, é o de que dentre os principais condicionantes do crescimento econômico de longo prazo, destaca-se o papel da tecnologia (e no interior desta, sobressaem as TICs) e o da inovação. Neste sentido, pensar o futuro das TICs (e suas inovações) hoje é também pensar o crescimento econômico de longo prazo. Um último, porém não menos importante mecanismo, é o de definição de modelos de negócios de longo prazo; ou seja, modelos onde o norte orientador dos negócios deixa de ser a dicotomia entre entrincheirar-se ou preparar-se para o sucesso diante das freqüentes oscilações de mercado, mas sim em como criar, ou não, condições de sustentabilidade e competitividade para os negócios no longo prazo.
Observando as 10 (dez) mais inovadoras empresas do mundo (tomando como referência o mais recente ranking da revista BusinessWeek), constatamos a seguinte listagem (em ordem decrescente e anos de existência): Apple (33 anos), Google (11 anos), Toyota Motor (76 anos), Microsoft (34 anos), Nintendo (120 anos), IBM (113 anos), Hewlett-Packard (70 anos), Research in Motion (15 anos), Nokia (144 anos), e Wall Mart Stores (47 anos). Ou seja, excetuando duas, as mais inovadoras empresas do mundo têm mais de 30 anos, e três delas são centenárias. Mesmo que seja uma pequena amostra, esta é uma breve evidência de que, ao que tudo indica, os modelos de negócios destas empresas têm perfis de compromisso com o longo prazo.
Em resumo, a definição de modelos de negócios de longo prazo pode não ser a principal explicação para a existência de empresas sustentáveis e competitivas, mas certamente no segmento de tecnologia, onde inovação é uma das ferramentas fundamentais para a sobrevivência, com algum grau de segurança pode se afirmar que as empresas que definiram tais modelos conseguiram superar fases de incertezas e freqüentes oscilações de mercado! Se sua empresa, organização ou instituição desejam saber um pouco mais sobre modelos de negócios de longo prazo, fique a vontade para nos contatar!
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