As empresas de software no Brasil operam com retornos crescentes, constantes ou decrescentes de escala?

publicado em 10.08.2009

 

Em conversa recente sobre a dinâmica da indústria de desenvolvimento de software (e seus serviços) do Brasil, o editor desta letterícia vivenciou o seguinte depoimento: “nossas  empresas  de  software,  em  suas  estratégias  de  crescimento,  no mais das

Próxima edição:

 

As empresas de software no Brasil: pequenas porque são improdutivas?

publicada em 17.08.2009

Na letterícia passada, indagávamos que a maioria das empresas de desenvolvimento de software (micro, pequenas e médias)...

 

Edição anterior:

 

Modelos de Negócios de Longo Prazo: um mecanismo para aferir se sua empresa está preparada para a fase pós-crise financeira global

publicada em 03.08.2009

Desde o final de 2007 o mundo vem enfrentando uma séria crise financeira, a qual se iniciou no mercado imobiliário dos Estados...

 

vezes têm que aumentar seus custos (ao contratar mais capital humano para dar conta de novos projetos), os quais conformam uma curva paralela à curva das receitas”.  Ver Figura 1 representando esta condição.

 

 

Qualquer estudante de Introdução à Economia imediatamente indagaria: este é um problema de retornos decrescentes de escala! Mas o que isto significa?

 

Em Economia o conceito de rendimentos (ou retornos) de escala é abordado a partir da análise da curva de custos médios no longo prazo. Quando uma empresa apresenta uma curva de custos médios decrescentes, de modo que uma expansão da produção esteja associada a uma redução do custo médio (ou unitário), diz-se que ela desfruta de rendimentos crescentes de escala, ou economias de escala.

 

Quando numa empresa, em que conforme a produção aumenta ocorre um incremento dos custos médios por unidade de produto, diz-se que ela opera com rendimentos decrescentes de escala, ou deseconomias de escala.   E, finalmente, quando numa empresa os custos médios por unidade de produto não variam, quando a produção aumenta, ela apresenta rendimentos constantes de escala.  Ver Figura 2, que aponta custos médios no curto e no longo prazos.

 

Logo, como pode ser visto na Figura acima, ocorrem rendimentos crescentes (economias de escala) quando os CMeL decrescem; se existem rendimentos constantes de escala os CMeL são constantes; e, se os rendimentos são decrescentes (deseconomias de escala), os CMeL são crescentes.

 

Os retornos decrescentes de escala estão associados com problemas de gestão de grandes empresas, ou de empresas de múltiplas unidades.  Nestas empresas as diferentes unidades precisam ser coordenadas por uma gestão central.  Sendo assim, a gestão enfrenta um trade-off.  Se ela não investe muito em gestão, a coordenação pode ser pobre, levando a perda de recursos, e maiores custos.    Se a gestão gasta muito nela própria, isto vai gerar mais custos.  A idéia é que quanto maior for a produção, haverá mais unidades, e quanto maior o trade-off se torna, também os custos aumentarão.

 

Sendo assim, o que podemos inferir da conversa acima mencionada é o seguinte. Como a maioria das empresas de desenvolvimento de software no Brasil é de pequeno a médio portes, e, segundo o depoimento citado, se elas estão enfrentando retornos decrescentes de escala (problemas que são inerentes a grandes empresas), das duas condições uma pode estar ocorrendo: ou a engenharia de desenvolvimento de software no país está ocorrendo sem ganhos de produtividade, ou a gestão destas empresas tem sido conduzida de modo precário!

 

Nosso palpite é o de que talvez nossas empresas estejam sofrendo de um sério problema de gestão de inovação, já que produzir software é também desenvolver processos de inovação!

 

Se sua empresa, organização ou instituição deseja saber mais sobre gestão da inovação, fique a vontade para nos contatar!

 

 

CREATIVANTE - www.creativante.com.br
Rua Pandiá Calógeras, 250/1601, Prado, CEP 50720-160
Recife/PE-Brasil
Fone/Fax: 55-81-34455241

E-mail: creativante@creativante.com.br

 

 

Copyright©2007-2008 Creativante

Todos os direitos reservados.