Por uma Teoria dos Recursos Computacionais da Empresa! publicado em 31.08.2009
Não é mais novidade para ninguém que hoje nós vivemos a Era da Computação! No ano de 2005 foi divulgado nos Estados Unidos, através do President´s Information Technology Advisory Committee – PITAC (ou seja, o Comitê de Assessoria de Tecnologia de Informação do Presidente daquele pais) o documento intitulado “Computational Science: Ensuring America’s Competitiveness” (Ciência da Computação: Assegurando a Competitividade da America). Este documento chegou à seguinte principal conclusão acerca da nova inserção da área de informática nos domínios econômico e social:
“A Ciência Computacional - o uso de capacidades computacionais avançadas para |
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A mudança no papel do Chief Information Officer-CIO publicada em 07.09.2009 a letterícia de 31/08/2009 tratamos sobre os ativos, os recursos e as competências como diferenciais na cadeia de causalidade para obtenção da vantagem competitiva sustentável da empresa. Ativos homogêneos e recursos heterogêneos são o ponto de partida da cadeia. No entanto, a dotação de um recurso não é suficiente...
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Evolução das Teorias da Administração, Peter Drucker e a Gestão das Empresas de Software no Brasil publicada em 27.08.2009 Na letterícia de 10/08/2009, argumentamos que a maioria das empresas de desenvolvimento de software no Brasil (que são de micro, pequeno e médio portes) está enfrentando retornos decrescentes de escala (custos médios crescentes à medida que a produção aumenta), e que das...
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entender e resolver problemas complexos- tem se tornado crítica para a liderança científica, para a competitividade econômica, e para a segurança nacional. O PITAC acredita que a ciência computacional é um dos mais técnicos campos do século 21 porque ela é essencial aos avanços em toda a sociedade.
Junto com a teoria e a experimentação, a ciência computacional constitui o “terceiro pilar” da investigação científica, capacitando pesquisadores a construir e testar modelos de fenômenos complexos – tais como mudanças climáticas multi-seculares, stress multidimensional de vôos de aeronaves, e explosões estrelares – que não podem ser replicados nos laboratórios, e para gerenciar grandes volumes de dados rápida e economicamente”.
Tendo chegado a este ponto, e sendo possível perceber que sem a computação a empresa moderna não sobrevive, uma pergunta pode ser levantada: afinal, existe uma Teoria dos Recursos Computacionais da Empresa?
Uma resposta que podemos chegar é a de que mesmo que ela ainda não exista, tal como expressa pelos estes termos aqui colocados, ela está bem próxima de ser delineada. E as bases teóricas de sustentação a esta afirmação podem ser encontradas em algumas visões modernas das áreas de Economia e Administração.
Um dos enfoques contemporâneos dominantes para a análise da vantagem competitiva sustentável da empresa moderna (tema central nas análises atuais de gestão empresarial) é o da Resource Based View- RBV (Visão Baseada no Recurso), iniciada nos anos 80 por Wernerfelt (1984), Rumelt (1984) e Barney (1986). A RBV argumenta que as empresas possuem recursos, um subconjunto dos quais as capacita a atingirem vantagem competitiva, e um subconjunto delas pode levar a um desempenho superior no longo-prazo. Recursos que são valiosos, raros e apropriáveis podem levar à criação de vantagem competitiva. Esta vantagem pode ser sustentada por longos períodos do tempo, de modo que a empresa possa se proteger contra imitação dos seus recursos, transferência, ou substituição.
Tendo como origem a RBV, a Competence Based View – CBV (Visão Baseada na Competência) desenvolvida dentre outros por Hamel/Prahalad (1994), Sanchez et. al. (1996), Teece et al. (1997), oferece uma prometedora teoria da vantagem competitiva sustentável da empresa e uma estrutura dominante em administração estratégica. Suas diferenças são sutis. A RBV sugere que uma empresa A tem mais sucesso que a empresa B se A controla mais efetivamente, e/ou eficientemente, recursos que B. Por sua vez, a CBV sugere que a empresa A somente pode ter mais sucesso que B se A está numa posição de fazer uso dos recursos disponíveis mais efetivamente, e/ou eficientemente, que B. Ou seja, a distinção está nas questões de disponibilidade e uso de competências.
De modo a contribuir um pouco mais para aclarar estas diferenças, Freiling (2004) apresentou a seguinte terminologia:
Uma diferença chave entre a RBV e a CBV é a cadeia de causalidade. Enquanto a RBV conclui que recursos superiores irão causar diferenças de performance entre empresas, a CBV prefere um raciocínio mais sutil. Ativos homogêneos e recursos heterogêneos são o ponto de partida da cadeia. No entanto, a dotação de um recurso não é suficiente para explicar diferenças de performance. A empresa tem que estar na posição de fazer uso destes recursos de um modo orientado a metas e ao mercado. Isto só é possível em caso de competências disponíveis relacionadas à ações. Elas desvendam o potencial dos recursos e capacitam a empresa a se adaptar aos requisitos do mercado em mercados-alvo instantaneamente e de uma maneira não-aleatória.
E em uma empresa de software: quais são seus principais ativos, recursos e competências? E como eles estão sendo utilizados? È o que veremos noutra oportunidade!
Se sua empresa, organização ou instituição deseja saber um pouco mais sobre como estabelecer vantagens competitivas sustentáveis, fique a vontade para nos contatar!
------------------------------------------------------------------------------------------------------ BARNEY, J. “Strategic Factor Markets”. In: Management Science, 32: 1231-1241. 1986. FREILING, Jorg. “A Competence-based Theory of the Firm”. Management Revue, Vol 15, Issue 1, 2004. HAMEL, G. and C. K. Prahalad. “Competing for the Future”. Boston/Mass: HBS Press. 1994. RUMELT, Richard P. “Towards a Strategic Theory of the Firm”. In: Richard B. Lamb (ed): Competitive Strategic Management. 1984. SANCHEZ, R. and A. Heene. “A System View of the Firm in Competence-based Competition. In: Sanchez, R./Heene, A./Thomas, H. (Eds). Dynamics of Competence based Competition. Oxford: Pergamon: 39-62. 1996. TEECE, D. J./Pisano, G./Shuen, A. “Dynamic Capabilities and Strategic Management. In: Strategic Management Journal, 18: 509-533. 1997. WERNNERFELT, Birger. “A Resource-based View of the Firm”. In: Strategic Management Journal 5: 171-180. 1984.
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