Ecossistema de Software publicado em 15.11.2009
Na semana que passou tivemos a grata satisfação de participar, como examinador externo do Depto. de Economia da Universidade Federal de Pernambuco- UFPE, de uma banca de defesa de dissertação no Mestrado em Ciência da Computação, do Centro de Informática - CIn da mesma UFPE. A candidata, Virgínia Heimann, é analista do Grupo PROCENGE (empresa de tecnologias de informação e comunicação- TICs de Pernambuco) e foi orientada pela Profa. Carina Frota Alves, tendo como examinador interno o Prof. Hermano Perrelli. |
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publicada em 09.11.2009 Nesta segunda-feira 09/11/2009 o editor desta newsletter falará sobre Economia 2.0 no seminário Web 2.0. O evento será transmitido ao vivo, pela web, para todo o país. Mas qual será o argumento a ser apresentado sobre Economia 2.0 neste evento?...
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Pelo título da dissertação, “Uma Proposta para Integração com Produtos ERP Baseada em Modelagem de Processos de Negócios”, pode se perceber que as TICs continuam a avançar seu raio de abrangência em direção à automação dos processos de negócios das empresas, movimento que foi iniciado com os sistemas Enterprise Resource Planning- ERP, que emergiram nos anos 90. Agora a área de grande ebulição é a de Gestão dos Processos de Negócios, mais conhecida como BPM- Business Process Management, que já tratamos aqui nesta letterícia de 01/06/2009.
A dissertação é um muito bom exemplo do que chamaríamos de excelência (contemplando o estado da arte do conhecimento científico) com relevância, já que ela trata de uma questão substantiva de uma área de mercado das TICs, que é a de integração de produtos de software e serviços associados, e que vem demandando cada vez mais atenção dos nossos técnicos e gestores de empresas que desenvolvem e usam TICs.
Vários aspectos da dissertação merecem destaque. No entanto, por falta de espaço, trataremos hoje apenas de uma única, e inovadora, questão utilizada no trabalho. Trata-se no conceito de Ecossistema de Software.
Como bem lembrado pela Virgínia Heimann, nos primórdios da sociedade industrial, cada unidade organizacional se preocupava em aperfeiçoar suas próprias atividades internas, e não as cadeias de atividades como um todo, que criam os bens ou serviços de interesse de seus clientes. Com o avanço da globalização dos mercados, a competição ficou mais acirrada o que ocasionou, juntamente com as evoluções tecnológicas, mudanças no foco principal das organizações para privilegiar mais os clientes, mais conscientes das suas escolhas e exigentes por um tratamento individualizado. Nesse contexto, as empresas vendedoras de software evoluíram de unidades independentes para uma rede interdependente de fornecedores de serviços e software, de clientes proativos com os quais se constrói customizações compartilhadas. Deste modo, empresas vendedoras de produtos de software devem agora considerar seus papéis estratégicos num ecossistema de software para sobreviver.
Ecossistema de software é uma tendência para tratar a crescente colaboração entre fornecedores de soluções de sistemas de informação (SI), clientes, entidades governamentais e outras partes interessadas dentro deste contexto. Virgínia Heimann faz referência a Jansen (2009) e a Bosh (2009). Jansen define ecossistema de software (Software Ecosystem) como um conjunto de negócios (empresas/entidades) que funcionam como uma unidade e interagem com um mercado compartilhado para fornecer software e serviços, levando em consideração o relacionamento entre eles. Já Bosch (2009) define ecossistema de software como um conjunto de soluções de software que permitem apoiar e automatizar as atividades e transações realizadas no ecossistema de negócios. Bosch (2009) chama de ecossistema comercial o que uni as soluções de software e serviços com as organizações que as fornecem. O iPhone e o Microsoft CRM são exemplos de ecossistemas citados por Bosh (2009).
Em termos econômicos, desde os anos 80 do século passado nos acostumamos a pensar a formação de clusters (aglomerados), arranjos produtivos, ou ecossistemas de empresas, e, mais focalizadamente, como esta forma de organização industrial contribui para o aumento das vantagens competitivas estratégicas, como nos ajudou a pensar o Prof. Michael Porter. Agora somos inevitavelmente levados a assumir que, por força do avanço das TICs, temos que considerar que a integração de determinados software, via colaboração de empresas envolvidas, configura um novo tipo de desenho empresarial baseado agora nos denominados ecossistemas de software.
Eis aqui uma interessante tendência que ainda vai dar muito o que falar!
Se sua empresa, organização ou instituição deseja saber mais sobre ecossistema de software, não hesite em nos contatar!
------------------------------------------------------------- Bosch, J. (2009). “From Software Product Line to Software Ecosystems”. 13th International Software Product Line Conference (SPLC 2009). San Francisco, CA. August 24-28, 2009.
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