Empresa Orientada a Processos (Process Oriented Enterprise): uma tendência boa ou ruim? (Parte 1)

publicado em 29.11.2009

 

Desde que a empresa moderna surgiu, e marcadamente a partir da Era Industrial, sua estrutura de organização e funcionamento foi baseada predominantemente num modelo vertical de hierarquia, em termos de camadas de delegação de autoridade, e que refletia uma visão de como o conhecimento (e poder) “fluiria” ou “deveria fluir”. 

 

Uma estrutura de organização vertical tem divisões de autoridade com vários níveis de responsabilidade.  Uma estrutura de organização vertical significa uma estrutura estrita  top  down  ou  bottom  up,  ou  seja, de cima para baixo ou de baixo para cima. 

Próxima edição:

 

Empresa Orientada a Processos (Process Oriented Enterprise): uma tendência boa ou ruim? (Parte 2)

publicada em 06.12.2009

Vimos na letterícia passada que a discussão sobre se a organização da empresa é vertical (top down ou bottom up) ou horizontal, ou combinação de ambas as formas, é algo que cada vez mais deixa de ter relevância na gestão das empresas contemporâneas, uma vez que elas estão...

 

Edição anterior:

 

Metodologia Arquitetura-Governança-Crescimento: seu reconhecimento acadêmico!

publicada em 22.11.2009

Desde 2007 esta newsletter vinha apresentando edições que remetiam, dentre vários assuntos, ao desenvolvimento (pela Creativante) de uma "metodologia própria para análise de empresas", dos pontos de vista estático e dinâmico. Elas foram, marcadamente: as edições...

 

Uma rígida estrutura de organização vertical top down tem sido a forma favorita de muitos negócios e de outros tipos de organização.  Neste tipo de organização a “cadeia de comando” é usualmente muito importante e quebrá-la não é considerado “desejável”.

 

Em condições dinâmicas de muitas mudanças, uma estrutura de organização vertical pode se tornar muito ineficiente, por exemplo, uma vez que a tomada de decisões é lenta, realizada através de muitas pessoas ao longo da cadeia de comando, antes que as ações sejam tomadas por aquelas pessoas que precisam de permissão para agir.

 

A estrutura organizacional horizontal, em contraste, significa uma estrutura de organização em princípio “mais plana”, onde a cadeia de comando é menos verticalizada.  Ter uma estrutura de organização horizontal significa prescindir de níveis de gestão intermediário que tenha como resultado permitir um nível mais horizontal de autoridade.  Isto pode ajudar a melhorar a comunicação, remover níveis ineficientes de burocracia, reduzir trabalho desnecessário e acelerar todo o processo.  O problema com isto pode ser se os empregados que recebem esta responsabilidade extra estão de fato aptos a desempenhá-la. 

 

Isto pode se tornar o trade-off entre as duas formas de organização, e o porque de algumas organizações vacilarem entre ser mais vertical ou mais horizontal.  Encontrar um bom mix depende fundamentalmente das pessoas que estão fazendo a estrutura, de modo que quando as pessoas mudem, o quão a estrutura está funcionando poderá mudar também, requerendo uma mudança em direção a ser mais ou menos vertical ou horizontal.

 

Este tipo de discussão acima ainda é válida para a Era Pós-Industrial?  Nosso argumento é o de que a visão da estruturação da empresa (de organizações e instituições) a partir unicamente de funções a serem exercidas por pessoas (seja de forma vertical ou não) é uma visão ultrapassada e que não mais corresponde a estrutura e dinâmica das empresas da era da informação e do conhecimento, isto é, principalmente, da era do software e a internet.  Ou seja, este entendimento da empresa estruturada verticalmente (mais ou menos) em departamentos e divisões, cada um com sua área isolada de competência e liderada por um gerente, uma forma também denominada de “silo”, é uma leitura que cada vez mais deixa de corresponder à realidade das empresas contemporâneas.

 

E um dos principais fatores responsáveis por esta mudança de entendimento das empresas, é o fato inequívoco de que as TICs estão mudando a forma como as empresas são organizadas.  Se antes as TICs eram apenas um acessório a mais no arsenal de recursos disponíveis às empresas (tal como a régua de cálculo e a máquina de calcular algum dia foram), hoje elas estão no cerne do design (projeto) e da organização das empresas.  Ao automatizar os processos que antes eram feitos exclusivamente por seres humanos, as TICs estão paulatinamente possibilitando que cada vez mais os processos empresariais sejam feitos de maneira automatizada/computadorizada e dentro de padrões que acompanham as melhores práticas tanto dos negócios quanto das tecnologias.

 

Neste sentido, já é possível se falar tanto em Economia quanto em Administração no desenvolvimento da Teoria da Resposta Organizacional à Adoção das Tecnologias de Informação e Comunicação- TICs.  Numa extensão da literatura econômica denominada frequentemente de Skill-biased Technical Change (Mudança Técnica Vieseada para as Habilidades), que aponta para fatos estilizados de que a adoção de TICs leva ao aumento da produtividade do trabalhador entre os trabalhadores mais capacitados, hoje há uma nascente literatura apontando que as TICs têm um efeito oposto – ou seja, mais do que exercer um papel complementar às habilidades dos trabalhadores, a adoção de TICs pode ser um substituto para habilidades de trabalhadores.

 

Na próxima letterícia trataremos mais sobre esta tendência crescente de orientação a processos por parte das empresas contemporâneas!

 

Se sua empresa, organização ou instituição deseja saber mais sobre organização e gestão orientadas a processos, fique a vontade para nos contatar!

 

 

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