Empresa Orientada a Processos (Process Oriented Enterprise): uma tendência boa ou ruim? (Parte 2) publicado em 06.12.2009
Vimos na letterícia passada que a discussão sobre se a organização da empresa é vertical (top down ou bottom up) ou horizontal, ou combinação de ambas as formas, é algo que cada vez mais deixa de ter relevância na gestão das empresas contemporâneas, uma vez que elas estão crescentemente automatizando os processos que antes eram realizados por seres humanos em funções específicas. Ou seja, estamos vivendo a era da empresa orientada a processos automatizados, onde o que importa é o como esses processos são projetados/re-projetados, modelados/re-modelados, engenheirados/re-engenheirados, melhorados e padronizados para o alcance de performance superior! |
Próxima edição:
The Resurgent Hand (A Mão Ressurgente) publicada em 15.12.2009 No livro The Visible Hand (1977), e em subseqüentes trabalhos, o historiador econômico Alfred Chandler focou sua atenção nas grandes, e verticalmente integradas, corporações. Segundo Langlois (2003) ele fez isso não somente para estabelecer uma crônica da emergência desta instituição, mas também para explicá-la e para dar a ela um lugar de proeminência no...
Edição anterior:
Empresa Orientada a Processos (Process Oriented Enterprise): uma tendência boa ou ruim? (Parte 1) publicada em 29.11.2009 Desde que a empresa moderna surgiu, e marcadamente a partir da Era Industrial, sua estrutura de organização e funcionamento foi baseada predominantemente num modelo vertical de hierarquia, em termos de camadas de delegação de autoridade, e que refletia uma visão de...
|
No mundo atual as empresas estão adquirindo novas tecnologias de gestão de informação através da compra de software/soluções disponíveis no mercado chamados COTS-Commercial Off-The-Shelf. As empresas selecionam uma solução de COTS que melhor se adéqüe aos seus processos de negócios. No entanto, ajustamentos nos processos de negócios existentes são necessários para acomodar os COTS e seus upgrades. Neste sentido, os ajustamentos dos processos e práticas de negócios para corresponderem às capacidades e funções destas novas tecnologias tem se mostrado como um novo capítulo no desenvolvimento empresarial.
E como vem se manifestando esta tendência? Historicamente um número de diferentes procedimentos para melhorar os processos de negócios tem sido desenvolvido e tentado pelas empresas, com graus de sucesso diferenciados. Alguns dos procedimentos mais notáveis incluíram a Value Chain (Cadeia de Valor, sugerida pelo Prof. Michael Porter) e a Total Quality Management (Gestão de Qualidade Total), que foram usadas nos anos 80. Os BPR- Business Processs Reengineering (Reengenharia de Processos de Negócios) foi muito popular nos anos 90. E os mesmos anos 90 viram a emergência dos pacotes de sistemas de software chamados ERPs- Enterprise Resource Planning (Planejamento dos Recursos Empresariais).
A maior parte destes procedimentos está evoluindo ativamente. Por exemplo, Total Quality Management está sendo substituída pela metodologia Six Sigma (Seis Sigma). A Business Process Reengineering está evoluindo para Business Process Redesign (Redesenho de Processos de Negócios).
O crescimento e aceitação da information management technology (tecnologia de gestão da informação) teve um grande impacto nos procedimentos para melhoria dos processos de negócios. Sharp e McDermott (2001) identificaram algumas das principais maneiras de como os processos de negócios foram integrados pelas tecnologias de informação e comunicação- TICs:
“Muitas das maiores aplicações comerciais incluem facilidades para automatizar e para a gestão dos processos de workflow (fluxo de trabalho)”
“Sistemas workflow, especialmente na gestão de documentos e em áreas de imagens, têm sido fundamental na cena da tecnologia de informação por anos”
“O estudo do workflow- ‘quem faz o quê, quando’- tem emergido como um crítico componente dos sistemas de análises, das metodologias de design, e das ferramentas que lhes dão suporte”.
A emergência da Internet tem tido também um grande impacto nos processos de negócios. O uso de TICs e de BPM- Business Process Management (Gestão de Processos de Negócios) está se tornando uma competência central que cada empresa deve ter de modo a operar no atual ambiente global e altamente competitivo.
Como resultado, há um desconcertante leque de ferramentas e procedimentos para revisar os processos de negócios e para o desenvolvimento de melhorias nas empresas. Diferentes ferramentas e procedimentos têm propalado um conflitante grande número de atributos e contra-atributos. No entanto, todos os variados procedimentos de melhorias de processos de negócios estão se fundindo em uma simples, importante e nova disciplina, que é a de BPM- Business Process Management.
Um BPM efetivo requer o uso de um leque de ferramentas e procedimentos inter-relacionados que são projetados para atender a uma variedade de tipos de problemas de negócios. Ferramentas e procedimentos diferentes têm diferentes capacidades, e são adequados para enfrentar diferentes tipos de problemas e metas. Nenhuma ferramenta ou procedimento isolado pode ser usado para revisar todos os diferentes tipos de problemas que surgem nos negócios. McKibben e Pacatte (2003) indicam uma lista de potenciais processos para procedimentos de mudanças nos negócios, e que inclui cinco procedimentos de avaliação de processos de negócios:
Mas afinal, qual tem sido a “resposta organizacional” à adoção das tecnologias de informação e comunicação- TICs? Em outras palavras, a adoção das TICs (levando a uma maior automação dos processos empresariais) tem exercido, por exemplo, um papel complementar às habilidades dos trabalhadores, ou ela pode exercer um papel oposto de substituto para habilidades de trabalhadores? Na próxima letterícia trataremos desta questão em maior detalhe!
Se sua empresa, organização ou instituição deseja saber mais sobre organização e gestão orientadas a processos, fique a vontade para nos contatar!
---------------------------------------------------------------------------------
McKibben, Jim and Leeane Pacatte (2003). “Business Process Analysis/Modeling for Defining GIS Applications and Uses”. http://proceedings.esri.com/library/userconf/proc03/p0537.pdf.
Sharp, Alec and Patrick McDermott (2001). Workflow Modeling: Tools for Process Improvements and Application Development. Artech House, Boston, Massachusetts.
|
|
CREATIVANTE -
www.creativante.com.br
E-mail: creativante@creativante.com.br
|
Copyright©2007-2008 Creativante
Todos os direitos reservados.