03/12/2007                                                                                                                                                                                                        Ano I - Edição 36

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

        Cadastre-se aqui para assinar a nossa newslleter!                                                                                                                        Ler a edição anterior | Ler a próxima

 

 

Na letterícia da semana passada, iniciamos a defesa do argumento de que o segmento de pequenas e médias empresas-PMEs de tecnologias de informação e comunicação-TICs do Brasil pode encontrar um novo caminho para poder crescer e ganhar novos mercados. Este novo caminho se chama o Mercado de Capitais.

 

Começamos a defesa deste argumento por uma por uma breve análise da indústria de tecnologias de informação e comunicação no Brasil, e, apontamos alguns dados sobre o desempenho recente deste setor.

 

Segundo a empresa de consultoria International Data Corporation- IDC, o mercado brasileiro de TI movimentou 16,2 bilhões de dólares em 2006 (um crescimento de 12,8% em relação a 2005), sendo 44% relativos a hardware, 40% em serviços e 16% em software.  Ainda segundo a IDC, o mercado deve crescer 14,5% e atingir a receita de US$ 18,6 bilhões (dólares constantes) em 2007, segundo os dados consolidados do Brazil Spending Patterns: The Brazil Black Book. 

 

Em seguida, levantamos algumas questões. O quê representam estas taxas de crescimento neste setor?  Como nos comparamos com outros países? Quais empresas estão se beneficiando deste ritmo de crescimento: as grandes, as médias, ou as micro e pequenas?

 

Para começar a responder a estas questões, consultamos o mais recente OECD Information Tecnology Outlook, que é de 2006.  Organizamos duas tabelas (abaixo) representativas de dados agregados deste importante documento. Uma (Tabela 1) representativa dos gastos com TICs por países desenvolvidos (aqui escolhidos os países que compõem o G7), e outra (Tabela 2) representativa dos países emergentes (aqui escolhidos os países que formam os hoje chamados BRICs).

 

A partir dos dados da Tabela 1 calculamos as taxas de crescimento médio anual dos gastos com TICs dos países membros do G7 entre os anos de 2000 e 2005.  Os resultados são os seguintes (por ordem decrescente de apresentação na tabela): Estados Unidos (7,67% ao ano- a.a.); Japão (-2,93% a.a.); Alemanha (9,51% ao a.a.); Reino Unido (7,67% a.a.); França (11,75% a.a.); Itália (9,98% a.a.); Canadá (9,61% a.a.).  

 

Calculamos então, a partir da Tabela 2, as taxas de crescimento médio anual de todos os segmentos de TICs dos BRICs. Mas observando somente as taxas gerais de gastos em TICs, temos (e também pela ordem decrescente de apresentação na tabela):  Brasil (17,15% a.a.); Rússia (39,97% a.a.); Índia (36,03% a.a); China (33,04% a.a.).

 

O quê podemos inferir destes dois conjuntos de taxas de crescimento? 

 

Em primeiro lugar, como é sabido na Teoria do Crescimento Econômico, os países emergentes enfrentam, de modo geral, o que se denomina em Economia de convergência condicional.  Ou seja, quanto menor o ponto de partida do PIB per capita de uma economia relativo à posição de longo-prazo daquela posição de equilíbrio do estado estacionário, mais rápida é a sua taxa de crescimento.  Esta propriedade se deriva da hipótese de retornos decrescentes do capital: economias que têm menos capital por trabalhador (relativo às suas taxas de capital por trabalhador de longo-prazo) tendem a ter maiores taxas de retorno e maiores taxas de crescimento. Logo, não surpreende as diferenças em taxas de crescimento das TICs nos países desenvolvidos (que fazem parte da fronteira tecnológica e conseguem difundir mais suavemente seus avanços tecnológicos no seio de suas economias) e aquelas dos países emergentes.

 

Em segundo lugar, o que mais surpreende nos dados da Tabela 2 é uma diferença nas taxas de crescimento dos gastos com TICs entre os BRICs, evidenciando o fato de que o Brasil é o país que menos tem crescido neste importante segmento econômico no período selecionado, ou seja, abaixo da metade das taxas de crescimento dos demais países.  Se formos comparar com os dados do IDC acima mencionados, veremos que o Brasil vem crescendo muito pouco em termos de TICs.

Mas o que devemos fazer para superar esta deficiência e fazer com que o Brasil avance em termos de taxas de crescimento de seu setor de TICs?  Eis o que veremos na próxima letter!

 

Se sua empresa, organização ou instituição ainda não definiu sua estratégia de crescimento, fique a vontade para nos contatar!

 

 

 

CREATIVANTE www.creativante.com.br
Av. Barbosa Lima, Nº149, Sala 313-A, Bairro do Recife, Recife/PE, CEP 50.030-017
Telefone/Fax: 55-81-32242887
E-mail: creativante@creativante.com.br