Apesar de hoje muito se falar em startups (empresas nascentes), principalmente as de base tecnológica (e, de modo especial, as baseadas em tecnologias de informação e comunicação- TICs), pouco ainda se sabe sobre o que efetivamente determina o crescimento inicial das empresas. A maior parte dos trabalhos sobre empresas (marcadamente nas literaturas econômica, administrativa, e de contabilidade) assume uma organização já existente com operações estabelecidas, ou lida com dados agregados ao nível da indústria.
A Economia é uma Ciência em constante evolução. No século 20 começou a abraçar diversas contribuições de outras áreas do conhecimento, e cresceu em escopo e em densidade. Mais recentemente, depois que inúmeros pesquisadores da Psicologia, da Sociologia, da Ciência Política, da Antropologia e da História abraçaram o conceito de Identidade (o senso de uma pessoa sobre ela mesma), chegou a vez da Economia incorporar este conceito ao seu mainstream (corrente principal).
Na segunda metade dos anos 90, do século e milênio passados, muitos tomaram conhecimento do termo “Nova Economia”. Era o tempo do“boom” da Internet e das empresas que com ela surgiram, as empresas dot.com (ponto.com). Depois do “estouro da bolha” das empresas ponto.com, o termo praticamente sumiu do mapa.
Neste último dia 15/08/2011 Google Inc. anunciou sua compra da Motorola Mobility (um dos braços da Motorola Inc., sendo o outro a Motorola Systems) por US$ 12,5 bilhões em dinheiro. Como este acordo é de fundamental importância para a compreensão da atual dinâmica da indústria de tecnologias de informação e comunicação - TICs, não poderíamos perder a oportunidade para tecer alguns comentários.
Há exatos 24 anos surgia no mundo um novo campo nos modernos Sistemas de Informação (*), e ele passou a se chamar “Enterprise Architecture” (Arquitetura Empresarial). Este campo inicialmente atacou dois problemas: a) Complexidade dos Sistemas – as organizações estavam gastando mais e mais dinheiro nos sistemas de TI tecnologia de informação; e, b) Pobre alinhamento dos negócios: as organizações estavam cada vez mais encontrando dificuldade em alinhar aqueles custosos sistemas de TI com as necessidades dos negócios.
Mansueto Almeida e José Carlos Cavalcanti*
Há hoje na economia brasileira um sentimento de urgência de que se não abraçarmos uma agenda de fomento à inovação direcionada a alguns setores mais intensivos em tecnologia, o Brasil estará condenado a uma taxa de crescimento medíocre. Em artigo recente publicado no jornal Folha de São Paulo (Arbix & DeNegri, 2011), dirigentes da FINEP fazem a seguinte provocação: "Sem um esforço para avançar rumo a economia puxada pelos setores mais intensivos em conhecimento não haverá como sustentar o crescimento". Essa afirmação, a nosso ver, não está totalmente correta. Hoje, o que limita o crescimento do Brasil não é o fato do país ser pouco inovador ou de termos uma estrutura produtiva baseada em commodities e recursos naturais.
Em meados dos anos 1980, a OCDE- Organização para Cooperação Econômica e Desenvolvimento (www.oecd.org) inventou uma classificação econômica que teve uma carreira espetacular – o conceito de indústrias high-technology (alta-tecnologia) e low-technology (baixa-tecnologia). Esta taxonomia foi baseada na intensidade de Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) destas indústrias, correspondendo à taxa dos gastos em P&D em relação ao produto final. Indústrias com uma taxa de P&D/Faturamento de mais de 4% eram classificadas de alta-tecnologia. Aquelas entre 1 e 4% eram de média-tecnologia, e aquelas de menos de 1% eram de baixa tecnologia. Este esquema se tornou amplamente utilizado nos negócios, em discussões de políticas públicas e em análise econômica.
A indústria de fabricação de computadores conformou somente 0,3% do valor adicionado dos EUA entre 1960 e 2007, mas gerou 2,7% do crescimento econômico e 25% do crescimento da produtividade. Em comparação, a agricultura representou 1,8% do valor adicionado nos EUA, mas somente 1,0% do crescimento econômico durante aquele período. Isto reflete o fato de que a agricultura cresceu mais devagar do que a economia americana, enquanto a indústria dos computadores cresceu treze vezes mais rápido. No entanto, a agricultura representou 15% do crescimento da produtividade nos EUA, indicando um papel significativo para a inovação agrícola.
Na newsletter da semana passada tratamos de um relatório do McKinsey Global Institute- MGI sobre a criação de empregos nos EUA e o futuro daquele país. De acordo com aquele relatório os EUA enfrentam um imediato desafio: encontrar emprego para 7 (sete) milhões de pessoas ainda fora do trabalho a partir da recessão de 2008-09 e reviver sua robusta criação de empregos na década vindoura. Nesta newsletter vamos examinar brevemente como a geração de empregos nos EUA podem representar oportunidades no Brasil.
O McKinsey Global Institute- MGI acaba de publicar (no mês de junho próximo passado) um magnífico relatório, intitulado “An economy that works: Job creation and America´s future (Uma economia que funcione: Criação de empregos e o futuro da América”) (este relatório pode ser baixado aqui). Esta newsletter dedicará brevemente atenção ao principal conteúdo deste relatório.
Com a newsletter da semana passada iniciamos uma discussão sobre a economia brasileira. Como estamos começando o segundo semestre de 2011, e a segunda metade do primeiro ano do governo da Presidente Dilma Rousseff, levantamos a seguinte a pergunta: a economia brasileira vai bem ou vai mal? E o que se pode esperar para os próximos seis meses deste ano, e os próximos anos?
Estamos encerrando o primeiro semestre de 2011 e metade do primeiro ano do governo da Presidente Dilma Rousseff. Neste sentido cabe a pergunta: a economia brasileira vai bem ou vai mal? E o que se pode esperar para os próximos seis meses deste ano, e os próximos anos?
Em Economia ensinamos/aprendemos que a diferença básica entre um produto e um serviço é que o primeiro é um objeto (acumulável) e o segundo é um desempenho (não acumulável). Um serviço é um equivalente intangível de um bem econômico. A provisão de um serviço é frequentemente uma atividade econômica onde o comprador geralmente não obtém a propriedade exclusiva (exceto por contrato exclusivo) da coisa comprada. Os benefícios de tal serviço, se precificado, são considerados como auto-evidentes no desejo de se pagar por ele.