O termo growth hacking vem ganhando espaço na indústria das TICs, e assim como outras buzzwords no passado, vem suscitando tanto anseios quanto dúvidas quanto à sua eficácia. Afinal, o que é growth hacking e o que os seus defensores/praticantes estão, de fato, vendendo? O termo está associado ao termo hacker, popularmente pensado como um invasor de redes de computadores, ou um criminoso virtual. Mas, como indicado por Marcelo Toledo, ao contrário desta crença, o hacker é aquele indivíduo com uma dedicação além do comum em busca do conhecimento; aquele indivíduo que não sossega enquanto não entender toda e qualquer parte do que se propôs. Sendo assim, o growth hacking é a atividade de um hacker ao buscar (ou contribuir para) o crescimento do número de usuários de um produto ou serviço; ou seja, através de uma metodologia testável e escalável, o growth hacker alavanca métricas de conversão.

Como descrito por Marcelo Toledo, o growth hacker tem como objetivo imediato conectar o seu mercado-alvo com o produto ou serviço do seu negócio. O profissional deve ter a criatividade para descobrir maneiras únicas de condução do crescimento, além de testar e evoluir as técnicas já comprovadas por outras empresas.  Algumas das ferramentas utilizadas por um growth hacker são:

• Aquisições Virais: Através do compartilhamento de conteúdo dos usuários existentes para os novos;
• Aquisições pagas: Com estratégias de SEM (search engine marketing), Links patrocinados (Google Adwords, Facebook Ads), anúncios na TV, celulares, rádios, marketing de afiliados, dentre outros;
• Marketing de Conteúdo (Content Marketing): Através de posts em blogs, infográficos e vídeos virais, aumentam a visibilidade da marca e o tráfego para o site, convertendo visitantes em consumidores;
• E-mail Marketing: Estratégia de relacionamento utilizada para conversão de novos consumidores e motivação para gastarem mais com o seu negócio;
• SEO (otimização em sites de buscas): Efetivamente utilizado para construir uma infraestrutura escalável aplicáveis a inúmeras páginas, ao invés da seleção tradicional de uma pequena quantidade de palavras-chave.

Existe uma frequente discussão girando em torno da “evangelização” do termo growth hacking (se este termo é, ou não, uma nova expressão para Marketing, ou se estes conceitos devem existir, ou não, combinadamente), mas não vamos entrar nesta polêmica. Nossa indagação aqui nesta newsletter é: o sucesso/crescimento de uma empresa depende de uma boa estratégia de sensibilização da demanda (dos consumidores), através de metodologias como as growth hacking (tais como aquisição de consumidores, bem como sua ativação, retenção e monetização), ou das tradicionais/modernas ferramentas de product development (tais como estabilidade, desempenho e escalabilidade, usabilidade e funcionalidades), que passam por recursos, capacidades e competências centrais, chegando, finalmente, na estratégia e na estrutura empresariais características próprias da oferta de bens e serviços?

O argumento desta newsletter é que apesar de growth hacking ser uma orientação adequada aos tempos atuais (marcadamente de crescimento dos mercados online) para a conquista de consumidores (pode-se dizer que Steve Blank é, há alguns anos, um dos precursores desta abordagem, a partir de sua inovadora metodologia de Customer Development), ela não pode ser pensada isoladamente. Uma boa estratégia de crescimento não pode prescindir de sólidos “alicerces econômicos” (economic foundations) do lado da oferta, o que nos leva a sugerir um novo termo, como o de growth building, que estimule o florescimento dos growth builders ao lado dos growth hackers!

Se sua empresa, organização ou instituição deseja saber mais sobre growth hacking ou growth building, fique a vontade para nos contatar!