Se você tivesse que comprar ações hoje: você compraria ações da Apple ou do Google, do Facebook ou da Amazon.com? Se você deseja atrair a atenção de um investidor para seu produto tecnológico, como proceder? Eis algumas perguntas que não são tão simples de responder! Estas são típicas decisões que a Modelagem Financeira nos ajuda a tomar. Em primeiro lugar, é preciso reconhecer que tais empresas representam o espectro mais representativo do que há de mais avançado em termos da complexidade tecnológica do mundo atual. E, em segundo lugar, é necessário levar em consideração que o mercado das finanças no mundo de hoje adquiriu um grau de complexidade tal que remete à necessidade de construção de modelos para um melhor entendimento de sua estrutura e dinâmica.
A modelagem financeira é a tarefa de desenvolver uma representação abstrata (um modelo) de uma situação real do mundo financeiro. Isto significa um modelo matemático projetado para representar (uma versão simplificada de) o desempenho de um ativo financeiro ou portfólio de um negócio, projeto, ou outro qualquer investimento. Em outras palavras, modelagem financeira diz respeito à tradução de um conjunto de hipóteses sobre o comportamento de mercados ou de agentes em previsões numéricas; por exemplo, as decisões de uma empresa sobre seus investimentos (a empresa irá investir 20% dos ativos), ou os retornos dos investimentos (retornos da ação A da empresa X, na média, serão 10% maiores que os retornos do mercado) (http://en.wikipedia.org/wiki/Financial_modeling).
No jargão tradicional das finanças (marcadamente em contabilidade), a modelagem financeira é amplamente entendida como a previsão do fluxo de caixa. Isto envolve a preparação de modelos específicos detalhados usados para propósitos de tomadas de decisão e análise financeira. As aplicações incluem: i) avaliação dos negócios, especialmente fluxo de caixa descontado, mas inclui outros problemas de avaliações; ii) orçamentação do capital; iii) cálculos tais como os do WACC- Weighted Average Cost of Capital (Custo Médio Ponderado do Capital); iv) análise de balanços; v) project finance, etc.
Apesar de existir software desenvolvido para este propósito, uma vasta proporção do mercado é baseada em planilhas (devido ao fato de que os modelos são sempre específicos das empresas); o Excel da Microsoft tem uma posição dominante. No entanto, os resultados obtidos incorporam implícitas hipóteses irreais e inconsistências internas, além de outros problemas.
No entanto, no âmbito das finanças quantitativas, a modelagem financeira envolve o desenvolvimento de um modelo matemático sofisticado. Os modelos desta área lidam com preços de ativos, movimentos de mercado, comportamentos estratégicos, retornos de portfólios e, fundamentalmente, riscos e incertezas, compromissos e flexibilidade. As aplicações desta área incluem: i) precificação de opções; ii) credit scoring- pontuação de crédito e provisionamento; iii) problemas da atividade de previsão das finanças corporativas; iv) problemas de portfólios; v) opções reais; vi) modelagem de risco e value at risk (uma medida de risco).
Os problemas tratados nesta área são frequentemente estocásticos e contínuos por natureza, e os modelos desenvolvidos requerem algoritmos complexos, envolvendo simulação computacional, métodos numéricos avançados, e/ou desenvolvimento de modelos de otimização. Existem os críticos desta disciplina (fundamentalmente em função dos problemas que emergiram com a crise financeira de 2007/08), mas isto não retira a importância da área e sua relevância em função das crescentes complexidades tanto tecnológica quanto econômica do mundo de hoje.
Portanto, se sua empresa, organização ou instituição deseja saber um pouco mais sobre modelagem financeira, não hesite em nos contatar!