Desde que Facebook anunciou em abril deste ano o lançamento de seu framework para desenvolvedores de bots e uma plataforma de distribuição, a mídia tem hiper-ventilado sobre seu impacto. Os Bots, um novo (ou revisitado) paradigma de interação homem-computador, estão aqui, assevera um post da revista Venturebeat, observando a existência de centenas de empresas, bilhões em financiamento, e milhares de bots voando nos nossos browsers e aplicativos de mensagens. Os Bots são já um grande segmento na área de TICs, como se pode perceber na Figura 1 à frente.
Bots, ou conversational UIs (interfaces de usuário conversacionais), são serviços autônomos que os humanos podem interagir usando (algo como) linguagem natural em aplicativos de mensagens. As categorias que estão se desenvolvendo são:
● Aplicativos de mensagens (os meios para distribuição de bots);
● Frameworks e ferramentas para desenvolvedores de bots (incluindo plataformas alicerce como as da Microsoft ou do Facebook, ou construtores especialistas mais focados nestas plataformas, como o Assist);
● Ferramentas de I.A. (Inteligência Artificial) com expertise de domínio específico, como linguagem natural ou voz;
● Analítica (instrumentação e rastreamento de bots);
● Descoberta (armazéns de bots em suas fases iniciais);
● Serviços compartilhados como pagamentos e segurança;
● Centenas de bots acumulando tração real entre algumas poucas categorias como produtividade ou serviço ao consumidor.
Bots, como definido por Amir Shevat, líder de relações com desenvolvedores da plataforma Slack, “são usuários digitais dentro de um produto de mensagem. Ao contrário da maioria dos usuários, eles são empoderados por software mais do que por um humano, e eles trazem um produto ou serviço em um dado produto-mensagem via conversação”.
De forma bastante simplificada, um bot é um software que é projetado para automatizar o tipo de tarefas que você usualmente faz por conta própria, tais como uma reserva num restaurante, ou adicionar um encontro na sua agenda e preparar para mostrar tal informação. As formas mais comuns de bots, os chatbots, simulam uma conversa. Um bom exemplo demonstrativo do seu potencial é aquele que foi recentemente apresentado pelos criadores da plataforma Viv (comprada pela Samsung), que também foram os criadores da plataforma Siri, muito popular nas buscas do Google.
E por que tanto interesse recente nos bots? Parte da presente obsessão com bots é guiada por uma relativa percebida fadiga com os apps (aplicativos, e que tratamos na newsletter da semana passada), de forma que desenvolvedores e empresas estão olhando para os bots como um novo passo para chegar aos consumidores.
Mas, segundo um post da revista Recode, os bots não irão matar os apps tão cedo. Acredita-se que eles poderão substituir partes das apps, especialmente onde há alguma categoria de transação complexa envolvida ou em serviço ao consumidor. O lado para baixo dos bots é que eles são frequentemente de uma dimensão.
Uma coisa parece estar se tornando senso comum: a tecnologia que dá suporte aos bots, software de inteligência artificial, está melhorando dramaticamente, graças ao elevado interesse de forças-chave do Vale do Silício, tais como Facebook e Google. E isso certamente dará grande impulso à Economia dos Bots!
Se sua empresa, organização ou instituição deseja saber mais sobre os bots, não hesite em nos contatar!