O Uber, a empresa de tecnologia cujo aplicativo de smartphone permite conectar passageiros (demandando transporte urbano) a motoristas, é uma das plataformas online mais reconhecidas hoje no mundo. Criada em 2009 por Travis Kalanick e Garret Camp, e com sede na Califórnia nos EUA, é hoje uma empresa que opera serviços em mais de 66 países e em mais de 507 cidades mundo afora, segundo dados de agosto de 2016 (1).
A edição do mês de abril deste ano da Harvard Business Review (uma das mais importantes revistas de negócios do mundo) traz um interessante artigo com o título desta newsletter. Os autores, Feng Zhu (Professor de Administração de Negócios da Harvard Business School) e Nathan Furr (Professor de Estratégia do INSEAD), começam o artigo apontando que o Outlook da Microsoft vinha perdendo terreno para o Gmail do Google e para os apps de e-mail integrados iPhones e outros dispositivos móveis, e que agora (por volta de abril) a empresa estaria tentando injetar nova vida ao Outlook, tentando transformá-lo de um simples produto de e-mail em uma plataforma que conecte usuários a uma multidão de serviços de terceiros, tais como Uber, Yelp, e Evernote. Se o salto de produto para plataforma funciona ou não é uma questão imensamente importante – não somente para a Microsoft, mas também para um crescente número de negócios construídos em torno de produtos ou serviços.
Um dos temas quentes hoje na indústria de TICs é o fato de que no tocante às oportunidades em infraestrutura, há muita conversa a respeito de cloud computing, e que nesta área estão emergindo muitas queixas de que existem grandes players, os quais estão dragando todas as oportunidades e lucros. Martin Casado, sócio da empresa de capital de risco Andreessen & Horowitz pensa o contrário.
No dia 04/06/2016 o Prof. Afonso Celso Pastore, um dos melhores economistas de sua geração, publicou um artigo no jornal Estado de São Paulo intitulado “Um trem atolado no pântano”. Segundo ele, esta seria a melhor imagem que ele podia formular para a economia brasileira, ou seja, a de “uma composição ferroviária que foi deliberadamente tirada dos trilhos por um governo incompetente, sendo posta em um pântano, no qual está atolada”. Para ele, o trem só chegará ao seu objetivo – a retomada do crescimento econômico com inflação controlada – se for içado e recolocado nos trilhos, o que exige um esforço gigantesco.
Em uma matéria de julho próximo passado, a revista The Economist apontou para uma mudança de opinião do fundador da web no mundo, Tim Berners-Lee. Segundo a revista, Berners-Lee termina seu livro intitulado “Weaving the Web”, de 1999, com uma nota otimista: “A experiência de ver a web decolando a partir do esforço de milhares, dá-me uma tremenda esperança que ... nós podemos coletivamente tornar nosso mundo aquilo que nós quisérmos”. Quase duas décadas depois o inventor da web não parece mais estar tão otimista. Ele declarou numa conferência em junho próximo passado em São Francisco, na Califórnia, que “o problema é a dominância de um engenho de busca, uma rede social, um Twitter para microblogging”.
É preciso proclamar em alto e bom som: a empresa tradicional, tal como passamos a conhecer mais em detalhes a partir do século 20, morreu e está sendo substituída pela nova empresa do século 21! Mas como chegamos a esta conclusão?
Mat Rosoff, articulista do Business Insider, publicou um post no dia 27/07/2016 com um título interessante: “Facebook desprovou uma das leis dos negócios ao longo do último ano”. Segundo ele, a maioria dos negócios roda a partir da lei dos grandes números. Isto é, quanto mais você cresce, mais difícil fica mostrar o mesmo percentual de crescimento ano após ano.
Apesar de representar 72% do PIB do país, o setor de serviços da economia brasileira está órfão de uma Estratégia, a começar pelo BNDES- Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. Um atestado dessa orfandade é o registro das ações do governo federal entre os anos de 2003 e 2015; praticamente quase todas as políticas de desenvolvimento neste período deram prioridade unicamente ao setor industrial (e siglas não faltam para registar esse predomínio: PITCE, PDP, PBM, Plano Brasil Mais Produtivo, dentre tantas).
A vida não está fácil para algumas plataformas online, particularmente Google, em suas relações com governos. Em abril de 2015 a Comissão Europeia enviou ao Google um Statement of Objections (Carta de Objeções) alegando que a empresa havia abusado de sua posição dominante nos mercados de serviços de busca geral na Internet na European Economic Area (Área Econômica Europeia), ao favorecer sistematicamente seu próprio produto de comparação de compras nas suas páginas gerais de resultados.
Uber. Airbnb. Apple. Paypal. Netflix. Estas empresas revolucionaram seus mercados quando elas foram lançadas. Hoje elas são líderes em seus segmentos. Qual é o segredo dos seus sucessos? Seus negócios são desenvolvidos em Plataformas: mercados de dois lados que estão revolucionando a forma como nós fazemos negócios. Mas o que são mercados de dois lados? Como esses mercados se comportam? Como se estrutura uma plataforma online? Como uma plataforma online se desenvolve? Como e quando, por exemplo, monetizar uma plataforma online?
Estamos vivendo em tempos de crise econômica e política; tempos que demandam mais atenção com os gastos públicos. Neste sentido, além de prezarmos pelo equilíbrio das contas públicas, é importante que avaliemos com rigoroso critério os retornos proporcionados à sociedade pela alocação de recursos escassos da esfera pública. Um destes gastos públicos são os chamados subsídios governamentais às empresas privadas, e dentro destes, aqueles destinados a subsidiar gastos/investimentos em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação- P&D&I nas empresas.
De acordo com Jake Flomenberg, colaborador da Accel, empresa de venture capital americana, há uma grande mudança acontecendo em como empresas compram e empregam software. Nos últimos anos, a tecnologia aberta – software que é aberto a mudanças e livre para adoção – tem deixado de ser uma exceção para ser a regra na maioria das empresas.
Semana passada o mundo corporativo (marcadamente o de tecnologias de informação e comunicação- TICs) foi balançado com a notícia de que a Microsoft adquiriu a LinkedIn por US$ 26,2 bilhões. A compra repercutiu amplamente e muitos analistas passaram a ponderar sobre as razões desta compra em particular (não somente pelo fato da Microsoft ter tido um histórico recente de compras fracassadas, mas pelo impacto que essa nova compra representa em termos de tendências do mercado global de TICs).