Como nos aponta Yuval Noah Harari (historiador que ficou famoso internacionalmente pelos seus livros Homo Sapiens e Homo Deus) em seu mais recente livro, intitulado “21 Lições para o Século Vinte”, num mundo inundado por informação irrelevante, clareza é poder.

E numa era de explosão da inovação e do empreendedorismo, e de emergência do conceito de startup, é comum a emergência de novos conceitos, novas metodologias e modelos. E é justamente nesse contexto que muitas pessoas ficam (compreensivamente) confusas no que diz respeito à metodologias, estruturas e técnicas. Questões como: “Quando devemos usar Design Thinking?”, “Qual é o propósito de Design Sprint?”, “Lean Startup é só para startups?”; “Onde Agile se encaixa?”.

Essas questões, e uma maneira para respondê-las, foram recentemente tratadas por Geert Claes, Creative Idealist e Innovation Coach, em um post bastante interessante, cujo título é o desta newsletter. O autor notou o seguinte. Quando se pesquisa na Internet, qualquer um rapidamente percebe que outros também estão lutando para entender como tudo isso se encaixa.

A empresa Gartner tentou (bem como outras) produzir visualizações sobre como metodologias como Design Thinking, Lean, Design Sprint e Agile fluem suavemente de uma para a outra. A maioria daquelas visualizações tem um número bonito e colorido de círculos conectados, mas para Claes eles perdem o ponto. O lugar onde uma metodologia flui para a outra é questionável, porque há também muitas técnicas similares, e há muita superposição.

Claes, então, passou a apontar para o innovation spectrum (espectro de inovação). Segundo ele, talvez faça sentido somente olhar para Design Thinking, Design Sprint & Agile como um punhado de ferramentas e técnicas em uma caixa de ferramentas, mais do que defender uma sobre a outra, porque elas podem todas adicionar valor em algum lugar do innovation spectrum.

Iniciativas de inovação podem variar de explorar um espaço abstrato de problema, para experimentar com um número de soluções, antes de continuadamente melhorar uma solução bastante concreta em um espaço específico de mercado.

Segundo Claes, um aspecto que frequentemente parece ser omitido, é o eixo de maturidade do modelo de negócio. Para produtos estabelecidos bem como para adjacentes (pensando no Modelo de Horizontes 1 e 2 da McKinsey), os modelos de negócios são frequentemente bem entendidos. Para startups e inovações disruptivas no interior de um negócio estabelecido, no entanto, o modelo de negócio necessitará ser validado através de experimentos.

Tratando diretamente as metodologias, Design Thinking realmente brilha quando nós necessitamos entender melhor o espaço problema e identificar os early adopters (adotadores iniciais). Já no caso de Lean Startup, a pequena diferença com Design Thinking é que o empreendedor (ou intra-empreendedor) frequentemente já tem um bom entendimento do espaço problema. Lean considera tudo ser uma hipótese ou suposição até ser validado ... mesmo que um bom entendimento do espaço problemas seja somente uma suposição. O ponto forte de um Design Sprint é compartilhar insights, ideação, prototipação e teste de um conceito tudo em um sprint de 5 dias. Finalmente, o desenvolvimento agile é um grande modo de lidar com incerteza no desenvolvimento de produto. É um método de construir-medir-aprender e validar suposições, enquanto se cria um Minimum Viable Product (Produto Mínimo Viável), no jargão de Lean Startup.

O resultado de tudo isso é apontado (no post) numa dinâmica de ilustrações que são aqui representadas pelas Figuras de 1 até 5 à frente, de modo que se chegue à figura final proposta por Claes, que é a Figura 6 ao final. Em resumo, um breve, mas direto exercício de clareza neste dilúvio de informação dos dias atuais!

Se sua empresa, organização ou instituição, deseja saber mais sobre metodologias de inovação, não hesite em nos contatar!

 

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