Atenção: Não estamos tratando sobre a denominada “MMT – Modern Monetary Theory” (“Teoria Monetária Moderna”), que tem despertado muita polêmica (ver origens e debates em https://en.wikipedia.org/wiki/Modern_monetary_theory)! Podemos discutir a MMT em outra oportunidade!
Na semana que passou iniciamos uma discussão sobre a necessidade de um “padrão monetário”. Para tanto, recorremos ao livro intitulado “The Federal Reserve: A New History” (A Reserva Federal: Uma Nova História), publicado este ano por Robert L. Hetzel, afiliado Senior do Mercatus Center da George Mason University, nos EUA, através da University of Chicago Press.
Esta pode ser uma pergunta descabida, sem sentido para os “humildes mortais”. No entanto, ela está inserida em uma discussão que era considerada (até então) como eminentemente “técnica”, mas que tem adquirido conotações sub-racionais (tais como as emocionais) em função dos históricos, vastos e complexos interesses que estão a ela associados.
Já estamos quase ficando cansados de ouvir e ler registros de que estamos vivenciando grandes transformações. Apesar de repetitivos, tais registros detectam um verdadeiro fenômeno/sentimento da atualidade: a perenidade de tais transformações [logo, tudo que é sólido se desmancha no ar, como recuperou Marshall Berman, em seu livro de 1982 (*)].
A inflação não sai do noticiário, só que do noticiário internacional! Aqui no Brasil, depois de uma experiência terrível com a hiperinflação dos anos 1980, e início dos anos 1990, adquirimos a crença de que a inflação foi “dominada”. Depois de uma taxa de inflação média da ordem de 6,5% ao ano, entre os anos de 2000 e 2014, a taxa oficial (medida pelo IPCA) atingiu um pico de 10,71% em janeiro de 2016, caiu em seguida, voltou a subir a partir de maio de 2020, alcançando um pico de 12,13% em abril de 2022, cedendo depois de então (até atingir a meta oficial para a inflação de 3,25%, em junho de 2023), como aponta a Figura 1 à frente!
Ao tempo em estávamos produzindo a newsletter da semana passada, tomamos conhecimento da existência dos trabalhos da economista Linda Goldberg, do Federal Reserve Bank of New York (Banco Central dos EUA, em Nova York). Esta profissional vem, já há algum tempo, desenvolvendo trabalhos relacionados com o conceito de Liquidez Global, e nesta newsletter damos atenção a um trabalho em particular (e que dá o seu título): “Global Liquidity: Drivers, Volatility and Toolkits”, de junho de 2023.
O livro, cujo título dá nome à presente newsletter, publicado em 2020 pelo economista Michael J. Howell, PhD em Economia e fundador da empresa de gestão de fundos CrossBorder Capital Ltd., sediada em Londres, tem uma tese interessante. Para o autor a História, particularmente a história financeira, não é aleatória. E a ideia do livro é que os ciclos econômicos são guiados por fluxos financeiros, nomeadamente quantidades de poupanças e créditos, e não por alta inflação ou nível de taxas de juros.
Na newsletter da semana que passou, iniciamos um breve tratamento do Sistema Bancário Sombra Chinês a partir de um relato de Guofeng Sun, técnico Banco Central da China, em trabalho publicado em novembro de 2019 pelo BIS – Bank for International Settlements. Neste trabalho, Guofeng Sun analisa os mecanismos de criação de moeda do shadow banking system chinês em detalhes, provê medidas acuradas, investiga seus efeitos em risco financeiro, e pesquisa recente regulação.
Nas newsletters de 25-06-2023, 03-07-2023, e de 10-07-2023 tratamos da temática do Shadow Banking System (Sistema Bancário Sombra), o sistema que inclui todas as entidades fora do sistema bancário regulado que desempenham o centro da função bancária: intermediação (ou seja, pegar dinheiro de poupadores e emprestá-lo a tomadores de empréstimo).
Nas newsletters de 25-06-2023 e de 03-07-2023 tratamos sobre o termo Shadow Banking System (Sistema Bancário Sombra), desenvolvido a partir dos EUA, apontando sua maior visibilidade com a Grande Crise Financeira de 2007/09, e indicando sua origem, evolução e importância. Mas o que o shadow banking system representa hoje para o sistema bancário norte-americano, e para o sistema bancário global?
Na newsletter da semana passada iniciamos uma série sobre o termo Shadow Banking System (Sistema Bancário Sombra), desenvolvido nos EUA, apontando sua maior visibilidade a partir da Grande Crise Financeira de 2007/09. Depois de indicarmos sua origem, apontamos brevemente para seu tamanho e importância. Mas o que é mesmo o Shadow Banking System?
Este termo (Shadow Banking System), que trataremos na série que hoje se inicia, ganhou popularidade a partir da Grande Crise Financeira de 2007/09. No entanto, um dos economistas que mais contribuíram para a análise e entendimento do significado do termo, Zoltan Pozsar, ao publicar (com coautores) um artigo, hoje clássico na literatura (com o título desta newsletter), iniciou seu texto desta forma: