O envelhecimento, conhecido internacionalmente como ageing (no inglês britânico ou australiano), ou aging (no inglês americano ou canadense), é a acumulação de mudanças em um organismo ou objeto ao longo do tempo.  O envelhecimento em humanos se refere a um processo multidimensional de mudanças físicas, psicológicas, e sociais.

Como apontando no Wikipedia, algumas dimensões do envelhecimento crescem e expandem ao longo do tempo, enquanto outras declinam. O tempo de reação, por exemplo, pode diminuir com a idade, enquanto o conhecimento dos eventos do mundo e a sabedoria podem aumentar.  A pesquisa mostra que mesmo no estágio tardio da vida existe potencial para crescimento e desenvolvimento físico, mental e social.  O envelhecimento é uma importante parte de todas as sociedades humanas, refletindo mudanças biológicas que ocorrem, mas também refletindo convenções culturais e societais.

O envelhecimento da população é o aumento no número e proporção de pessoas idosas na sociedade.  O envelhecimento da população tem três possíveis causas: migração, aumento da expectativa de vida (diminuição da taxa de mortalidade), e a diminuição da taxa de natalidade.  O envelhecimento tem um impacto significativo na sociedade.  Pessoas jovens tendem a cometer a maioria dos crimes, elas são mais prováveis de pressionar por mudanças sociais e políticas, a desenvolver e adotar novas tecnologias, e a necessitar educação.  As pessoas idosas têm diferentes demandas da sociedade e dos governos, quando contrastadas com as dos jovens, e freqüentemente diferem também em valores.

O fenômeno do envelhecimento da população tem múltiplas implicações, tais como as sociais, econômicas, legais, em cuidados com a saúde, em aspectos cognitivos, em lidar com o bem estar, dentre outros.  Do ponto de vista social, de aproximadamente 150 mil pessoas que morrem todos os dias no planeta, algo como dois terços – cem mil por dia – morrem por causas relacionadas à idade.  Nos países desenvolvidos a proporção é ainda maior, atingindo 90%.

A população mundial está envelhecendo e ninguém sabe exatamente como a vida será amanhã nas sociedades mais idosas.  Mas, do ponto de vista econômico, sabemos que as taxas de dependência da idade – a taxa de aposentados para os trabalhadores – serão mais altas do que a que vemos nos dias atuais.  As implicações desta tendência são claras.  Os efeitos combinados de poucos trabalhadores, mais aposentados e períodos mais longos de aposentadoria, ameaçam não apenas a sustentabilidade dos sistemas de pensões e aposentadorias, mas as perspectivas econômicas de muitos países, já que tal tendência afeta os mercados de trabalho do globo, a viabilidade dos programas de segurança social, e as formas como o produto econômico é compartilhado entre as populações em idade de trabalho e aquela aposentada.

O Brasil não foge desta regra que parece ser inexorável. Mas felizmente, por uma circunstância histórica, estamos na segunda década tanto do terceiro milênio da civilização, quanto de um período denominado de “Bônus Demográfico”, expressão cunhada por José Eustáquio Diniz Alvez ([1]). Esta expressão significa que a taxa de dependência (neste caso a soma de idosos e crianças em relação a adultos em idade de trabalho) atinge patamares menores.  Esse bônus começa quando a população de crianças até 15 anos de idade fica abaixo de 30%, e termina quando o percentual de idosos fica acima de 15% (figura à frente).

Neste sentido, mesmo que o Brasil viva desde 2000 em plena vigência do “bônus demográfico”, e que, portanto, isto seja um elemento que favorece seu potencial de crescimento econômico, contudo (como apontam os Giambiagi e Barros - nota de rodapé número 1), pode ser também um elemento que atue no sentido contrário.  Na visão destes autores, o “bônus demográfico” traz subjacente preocupações acerca do futuro, na medida em que a economia brasileira tem apenas relativamente poucos anos a mais pela frente para fazer as reformas que permitirão lidar com o aumento inevitável da chamada taxa de dependência e com o envelhecimento.

Mas a pergunta que não quer calar é a seguinte: como as tecnologias de informação e comunicação- TICs podem contribuir para que a saída desse “bônus demográfico” não seja tão traumática? Este é o tema principal da próxima newsletter!

Se sua empresa, organização ou instituição deseja saber mais sobre o envelhecimento e as TICs, fique a vontade para nos contatar!

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[1] Giambiagi, Fabio e Octavio de Barros (2009).  “Brasil pós-crise: seremos capazes de dar um salto?”. In, Brasil Pós-Crise: Agenda para a próxima década. Editora Campus/Elsevier.