Em nossa mensagem de fim de ano de 2015 apontávamos que o Brasil atravessava uma das suas piores crises, aprofundando problemas e intensificando incertezas. E, continuávamos afirmando que, no entanto, nas crises e nos momentos de incertezas acentuadas é que surgem soluções criativas e inovadoras, tanto para os velhos como para os novos problemas.
Na semana que passou o editor desta newsletter atuou como palestrante convidado para o 6° Simpósio de Gestão & TI do Governo do Estado de Pernambuco. Neste evento tivemos a oportunidade de argumentar algo que pode ser, de alguma forma, sintetizado pelo título desta newsletter. Ou seja, se os órgãos públicos desejam expandir (ou melhorar) suas atividades na atual conjuntura de fortes restrições econômicas, sociais e políticas, um conceito passou a adquirir enorme importância estratégica: a conquista da confiança dos cidadãos numa quadra de transformações profundas e aceleradas da humanidade!
Em Economia e Administração existem dois conceitos centrais que são muito comentados, mas pouco examinados. O primeiro é o conceito de Fronteira de Possibilidades de Produção – FPP (ou PPF- Production Possibility Frontier, em inglês), largamente referido nos livros-texto de Economia, e o segundo é o de Fronteira de Produtividade – FP (ou PF – Productivity Frontier), primeiramente colocado pelo Prof. Michael Porter, da Harvard University, nos EUA, em 1996.
Os sistemas distribuídos (coleção de computadores independentes entre si que se apresenta ao usuário como um sistema único e coerente) se tornaram mais granularizados nos últimos 10 anos, mudando das aplicações monolíticas densamente codificadas para pequenos, e auto-contidos, microserviços. Muitas organizações entenderam que abraçar arquiteturas refinadamente granulares de microserviços pode oferecer software mais rápido, e pode abraçar novas tecnologias. Mas o que é a arquitetura dos microserviços, e de onde surgiu este tipo de arquitetura?
O medo do desemprego voltou a povoar as mentes em várias nações do planeta. Antes se falava no fenômeno da globalização, mas agora o receio é o de que as máquinas irão tirar os empregos das pessoas, principalmente com os avanços da inteligência artificial e da robótica. Depoimentos como os do Prof. Steve Hawking (de que o desenvolvimento da inteligência artificial total poderia significar o fim da raça humana) e do empresário Elon Musk, da Tesla e do SpaceX (de que certas direções que a inteligência artificial pode tomar podem não ser boas para o futuro), contribuem para intensificar o temor.
Desde que Facebook anunciou em abril deste ano o lançamento de seu framework para desenvolvedores de bots e uma plataforma de distribuição, a mídia tem hiper-ventilado sobre seu impacto. Os Bots, um novo (ou revisitado) paradigma de interação homem-computador, estão aqui, assevera um post da revista Venturebeat, observando a existência de centenas de empresas, bilhões em financiamento, e milhares de bots voando nos nossos browsers e aplicativos de mensagens. Os Bots são já um grande segmento na área de TICs, como se pode perceber na Figura 1 à frente.
O que é a Economia das APIs e o que ela tem a ver com Confiança e com a Teoria dos Contratos? Os executivos de negócios estão sob forte pressão para melhorar eficiência, aumentar produtividade, e transformarem suas proposições de valor de forma a prosperarem no mundo hiperconectado de hoje. Ter uma estratégia digital viável pode fazer a diferença entre transformar seu negócio e assistir seus competidores capitalizarem oportunidades antes inimagináveis. As APIs – Application Programming Interfaces (Interfaces de Programação de Aplicações) - desempenham um papel de alicerce em materializar tal estratégia.
Na newsletter da semana passada mostramos que quando uma nova tecnologia não é uma simples substituição “plug-and-play” – ou seja, quando ela requer significativos desenvolvimentos no seu ecossistema para se tornar útil – então uma corrida entre o ecossistema da nova tecnologia e o ecossistema da velha tecnologia se inicia. E o que determina quem vence esta corrida?
Nos últimos 30 anos o termo “destruição criativa” (criado pelo economista Joseph Schumpeter) tem sido uma fonte de fascinação nas escolas de negócios e revistas especializadas. Isso não é surpresa em função das constantes e infindáveis listas de ameaças de transformação – que incluem coisas como Internet das Coisas, Impressora 3 D, Cloud Computing, Medicina Personalizadas, Realidade Virtual.
O Prof. Clayton Christensen é um dos grandes nomes da área de inovação no mundo. Criador da famosa “Teoria da Inovação de Ruptura”, muito popular nos ambientes de inovação e empreendedorismo (mas que não está isenta de críticas: ver newsletter de 23/06/2014), o Prof. Christensen (em parceria com Tedd Hall, Karen Dillon e David S. Duncan) está com um novo livro na praça, intitulado “Competing Against Luck: The Story of Innovation and Customer Choice” – Competindo contra a Sorte: A Estória da Inovação e Escolha do Consumidor.
Em um artigo para o Wall Street Journal, intitulado “Software is Eating the World”, em 20/08/2011, o criador do primeiro browser da web no mundo, e atual mega investidor no Vale do Silício, Marc Andreessen, sintetizou muito bem o que move nosso mundo hoje: software está por trás de tudo! A frase representa uma profunda mudança de uma economia baseada em hardware para uma baseada em software e serviços associados.
Na newsletter da semana que passou nós comentamos o fato da Microsoft ter “roubado” a HP Inc. como cliente da Salesforce. Apontávamos que tal ação estaria explicada pela disputa de mercados no âmbito da cloud. Mal retratamos este “roubo”, e eis que logo surgiu uma reação da Salesforce. Marc Benioff, fundador e CEO da Salesforce, e originalmente um membro da Oracle por 13 anos, poucas horas antes do grande evento anual da Oracle (o Oracle OpenWorld 2016, na semana que passou), numa tentativa de “roubo de atenção”, anunciou Einstein, um upgrade de plataforma que adiciona capacidades de IA- Inteligência Artificial e ML- Machine Learning aos seus produtos principais.
Na semana que passou a imprensa especializada internacional registrou que a Microsoft "roubou” a cliente HP Inc. da Salesforce. A notícia veiculada foi que a Microsoft registrou uma “retirada” contra a Salesforce, quando a primeira conquistou um contrato de seis anos para oferecer o seu CRM Dynamics para a HP (antes um dos grandes clientes da Salesforce), de acordo com Scott Guthrie, o VP de cloud e empresa da Microsoft. E isso ocorreu apesar de no ano passado Microsoft e Salesforce terem aprofundado sua parceria na cloud.