Em recente apresentação do editor desta newsletter para empresários e executivos do ecossistema de TICs de Pernambuco, este editor defendeu que precisamos (como setor) definir uma estratégia que extraia o que há de melhor do Vale do Silício de Software e Serviços dos EUA, e o que há de melhor do Vale do Silício de Hardware (e de outros) da China.

Em algumas oportunidades (como nas newsletters de 04-02-2018; 23-09-2018; 28-10-2018), pudemos refletir sobre o que está se passando no contexto da indústria de TICs da China. Na semana que passou, tivemos a oportunidade de constatar como a China vem comprovando a teoria/modelo que o editor desta newsletter concebeu (e divulgou academicamente em seu livro), e que denominou por Trindade Essencial (que propusemos pela primeira vez na newsletter de 17-06-2012).

Essa constatação veio a partir do artigo intitulado “Alibaba and The Future of Busines: Lessons from China´s innovative digital giant”, produzido por Ming Zeng (Chairman, Academic Council of the Alibaba Group), e publicado na revista Harvard Business Review-HBR de Setembro/Outubro do corrente ano.

Obedecendo o formato dos artigos da HBR, reproduzimos aqui a ideia do artigo acima de forma breve:

  1. Um Novo Modelo de Negócio: Alibaba é um exemplo de um “negócio inteligente” de amanhã: uma plataforma possibilitada por tecnologia que coordena múltiplos negócios em um ecossistema;
  2. Como Funciona: Players em um ecossistema compartilham dados e aplicam a tecnologia de machine learning para identificar e melhor preencher as necessidades do consumidor;
  3. Como Construí-lo: Automatizar a decisão por:

O autor do artigo é quem dá o efetivo depoimento de como a Alibaba se constituiu em uma Trindade Essencial:

“A inovação especial da Alibaba, nós concluímos, era que nós estávamos verdadeiramente construindo um ecossistema: uma comunidade de organismos (negócios e consumidores de muitos tipos) interagindo uns com os outros e o ambiente (a plataforma online e os maiores elementos físicos off-line). Nosso imperativo estratégico era assegurar que a plataforma ofertasse todos os serviços, ou acesso aos recursos, que um negócio online necessitasse para ter sucesso, e daí suportar a evolução do ecossistema” (só faltou citar, explicitamente, como a Arquitetura de Negócios – componente da Trindade ao lado dos componentes de Ecossistema e de Plataforma – se manifestou, mas ao longo do artigo ela se evidencia)”.

A Arquitetura de Negócios se materializa naquilo que o autor chama de “Smart Business”. Segundo ele, o smart business emerge quando todos os players envolvidos em atingir um objetivo comum de negócio – varejo, por exemplo, ou compartilhamento de corridas – são coordenados em uma rede online e usam tecnologia de machine learning para alavancar eficientemente dados em tempo real. Esse modelo assistido por tecnologia, em que a maioria das decisões operacionais é feita por máquinas, permite que as companhias se adaptem dinamicamente e rapidamente às mudanças nas condições de mercado e preferências dos consumidores, ganhando tremendas vantagens competitivas sobre negócios tradicionais.

Eis aí mais um artigo imperdível, do qual chegamos mais uma vez à conclusão de que, em termos de Business e de Management, as lições agora vêm da China!

Se sua empresa, organização ou instituição, deseja saber mais sobre Trindades Essenciais no mundo contemporâneo, não hesitem em nos contatar!

 

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