A estagnação secular, um conceito primeiramente apresentado pelo economista Alvin Hansen em 1938, refere-se às economias sofrendo de uma estruturalmente baixa demanda privada, requerendo taxas de juros muito baixas para sustentar a demanda e para atingir o produto potencial (*) – requerendo certamente taxas de juros tão baixas que elas são menores que a taxa de crescimento econômico.
Entre os dias 21 e 23 de fevereiro próximo passado, a UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, realizou em Paris, França, a “Internet for Trust” (Internet por Confiança), uma conferência para discutir um conjunto de rascunhos de guias globais para regular as plataformas digitais, de forma a salvaguardar a liberdade de expressão e o acesso à informação.
Uma das importantes inovações financeiras das últimas décadas tem sido o surgimento das chamadas criptomoedas (moedas privadas baseadas em tecnologias tais como as de criptografia). Segundo trabalho do Prof. Michael C. Burda, da Humboldt-Universitat zu Berlin, na Alemanha, a publicação – no ano de 2009 - do protocolo Satoshi Nakamoto descrevendo a moeda denominada Bitcoin, moeda permissionless (sem necessidade de permissão de uma autoridade como um banco central), proof-of-work ledger (constituindo um registro ou livro-razão a partir de prova de trabalho), e baseada na tecnologia blockchain, configurou “uma das mais profundas revoluções em tecnologia de transações desde a invenção dos cheques negociáveis, e possivelmente desde a aparição do papel moeda na dinastia Song no século 11, ou na Europa do século 17”.
O título desta newsletter é o título de um recém lançado livro, intitulado “Fragmenting Markets: Post-Crisis Bank Regulations and Financial Market Liquidity” (Mercados Fragmentados: Regulações Bancárias Pós-Crise e Liquidez do Mercado Financeiro) (*), publicado pelo Prof. Darrell Duffie, Professor de Finanças da Stanford University, nos EUA, editado pela Walter de Gruyter GmbH, neste ano de 2023.
Logo na introdução ao livro “Evolution or Revolution: Rethinking Macroeconomic Policy after the Great Recession” (Evolução ou Revolução: Repensando Política Macroeconômica depois da Grande Recessão), publicado pela MIT Press em 2019, seus autores, os Profs. Olivier Blanchard e Lawrence Summers, reconheceram um fato relevante: a crise financeira (de 2007/2008) forçou os macroeconomistas a (re)descobrirem o papel e a complexidade do setor financeiro, e a importância dos desenvolvimentos financeiros, incluindo crises financeiras, em afetar a atividade econômica.
O que é um Banco Central de um país ou região? Um Banco Central tem sido descrito historicamente como um “lender of last resort” (um emprestador em última instância), o que significa que ele é o responsável por prover fundos à economia de um país quando os bancos comerciais não podem cobrir uma escassez de oferta. Em outras palavras, o banco central previne que o sistema bancário de um país falhe.
Estamos de volta para mais um ano de newsletters da Creativante! E desta feita não poderíamos deixar de comentar um dos mais relevantes, e mais prementes, debates econômicos do momento: se a Economia Global e os Mercados Financeiros estão (ou estarão em breve) em recessão, ou se teremos um pouso suave!